As previsões mostram que os diagnósticos de demência deverão praticamente triplicar nas próximas décadas. Apesar das projeções sombrias, existem formas de reduzir o risco, nomeadamente através da alimentação.
"Enquanto médica que estuda nutrição e saúde cerebral, vi em primeira mão o poder que a alimentação tem na proteção contra a demência à medida que envelhecemos, disse a nutricionista Naheed Ali, em declarações ao jornal Daily Express, sublinhando que "algumas escolhas simples podem fazer toda a diferença".
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A especialista recomenda o consumo de frutos vermelhos. Ricas em antioxidantes que protegem as células cerebrais contra danos, são "alimentos incríveis para o cérebro". "Gosto de ter sempre à mão uma mistura de mirtilos, framboesas e amoras", partilhou.
Naheed Ali explicou ainda que o ómega-3, presente em peixes como o salmão e a cavala, também ajudam a reduzir a inflamação no cérebro, que está relacionada com a demência.
As nozes também são uma boa escolha. "No entanto, é importante estar atento ao tamanho das porções, já que as nozes são ricas em calorias. Opto por 30 ou 60 gramas", revelou.
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Recorde-se que demência é um termo genérico utilizado para designar um conjunto de doenças que se caracterizam por alterações cognitivas que podem estar associadas a perda de memória, alterações da linguagem e desorientação no tempo ou no espaço. Para a maioria não existe tratamento. Porém, está provado que cerca de 40% das demências, como o Alzheimer (a forma mais comum de demência), podem ser prevenidas ou atrasadas.
A Organização Mundial de Saúde estima que existam 47.5 milhões de pessoas com demência em todo o mundo, número que pode chegar os 75.6 milhões em 2030 e quase triplicar em 2050, para 135.5 milhões.
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