Se julga que já sabe de tudo sobre Covid-19, desengane-se

"Mesmo após a infeção, o vírus pode estar a causar estragos e doenças no intestino, pulmões ou cérebro", avisa o epidemiologista Ziyad Al-Aly.

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Notícias ao Minuto
03/06/2024 08:43 ‧ 03/06/2024 por Notícias ao Minuto

Lifestyle

Coronavírus

Um estudo publicado na revista Nature Medicine concluiu que as sequelas respiratórias e neurológicas são as mais comuns entre os indivíduos infetados por Covid-19 em 2020.

"Não sabemos ao certo porque é que os efeitos do vírus duram tanto tempo. Possivelmente, tem a ver com a persistência viral, inflamação crónica, disfunção imunológica ou tudo isto junto", disse Ziyad Al-Aly, epidemiologista clínico da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, e um dos autores do estudo.

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Os cientistas monitorizaram as sequelas do coronavírus num grupo de 135 mil norte-americanos durante três anos. Os indivíduos do grupo de hospitalizados (20.297) devido à Covid-19 apresentaram um risco 34% superior de desenvolverem sintomas persistentes. Além disso, o risco de ainda apresentarem sintomas um ano após a infeção era de 23% e, passados dois anos, de 16%.

Mesmo quem não foi hospitalizado (114.864) apresentou complicações relacionadas com a Covid. Quanto a este grupo, os cientistas alertam para  o desenvolvimento doenças que surgiram após a infeção, como diabetes. 

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"A Covid é uma séria ameaça à saúde e ao bem-estar das pessoas a longo prazo. Mesmo três anos depois, pode ter-se esquecido da Covid, mas ela não se esqueceu de si. As pessoas podem pensar que estão fora de perigo, porque tiveram o vírus e não apresentaram problemas de saúde. Mas, mesmo após a infeção, o vírus pode estar a causar estragos e doenças no intestino, pulmões ou cérebro", avisa o epidemiologista Ziyad Al-Aly.

O que fazer se apresentar sintomas de Covid-19:

Mantenha a calma e evite deslocar-se aos hospitais. Fique em casa e ligue para o SNS 24 (808 24 24 24). Escolha a opção 1 (para outros sintomas deve escolher a opção 2) ou 112 se for emergência médica. Siga todas as orientações dadas e evite estar próximo de pessoas, mantendo uma distância de, pelo menos, dois metros.

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