Mudar 14 hábitos poderia evitar quase metade dos casos de demência

Esta é a principal conclusão de um novo estudo elaborado pela Comissão Lancet, que surge na sequência de um outro de 2020, que apontava 12 fatores de risco associados a doenças neurodegenerativas.

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Notícias ao Minuto
02/08/2024 08:11 ‧ 02/08/2024 por Notícias ao Minuto

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Doenças neurológicas incapacitantes

Quase metade dos casos de demência à escala global poderiam ser evitados com mudanças de hábitos simples, de acordo com um artigo divulgado esta quarta-feira, 31 de julho, e publicado na revista científica The Lancet. Este estudo surge na sequência de um outro de 2020, que apontava 12 fatores de risco associados a doenças neurodegenerativas.

 

Desta vez, os investigadores indicam 14, dois deles desconhecidos até então:  a perda de visão e o colesterol elevado. "O relatório revela que há muito mais que pode e deve ser feito para reduzir o risco de demência. Nunca é muito cedo ou muito tarde para agir", afirmou uma das autoras do estudo Gill Livingston, citada em comunicado.

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Reduzir o teor de açúcar e sal na alimentação vendida em espaços comerciais e restaurantes, aplicar medidas de combate ao tabagismo e tornar os rastreios oftalmológicos acessíveis a todos são algumas das medidas propostas pela Comissão Lancet. 

Em entrevista ao The Sun, o professor Charles Marshall, da Queen Mary University de Londres, no Reino Unido, acrescenta: "É essencial que, enquanto sociedade, desenvolvamos medidas para manter o cérebro das pessoas o mais saudável possível, sobretudo porque a demência é atualmente a principal causa de morte".

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A diretora executiva de investigação na Alzheimer’s Research UK Susan Kohlhaas defende que enfrentar este cenário "exige mudanças estruturais na sociedade para dar a todos a melhor hipótese de ter uma vida saudável".

Consulte abaixo a lista de 14 fatores de risco apontados pelos cientistas:

1- Baixo nível educacional;

2- Colesterol elevado;

3- Consumo excessivo de álcool;

4- Depressão;

5- Diabetes;

6- Sedentarismo;

7- Isolamento social;

8- Hipertensão;

9- Lesões graves na cabeça;

10- Obesidade;

11- Perda de audição;

12- Perda de visão;

13- Poluição;

14- Tabagismo.

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Este relatório foi realizado pela terceira Comissão Lancet sobre prevenção, intervenção e cuidados na demência. É formada por 27 peritos internacionais.

Recorde-se que demência é um termo genérico utilizado para designar um conjunto de doenças que se caracterizam por alterações cognitivas que podem estar associadas a perda de memória, alterações da linguagem e desorientação no tempo ou no espaço. Para a maioria não existe tratamento. Porém, está provado que cerca de 40% das demências, como o Alzheimer (a forma mais comum de demência), podem ser prevenidas ou atrasadas.

A Organização Mundial de Saúde estima que existam 47.5 milhões de pessoas com demência em todo o mundo, número que pode chegar os 75.6 milhões em 2030 e quase triplicar em 2050, para 135.5 milhões. 

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