Mulheres com asma têm mais probabilidades de precisar de tratamentos de fertilidade para engravidar e de sofrer um aborto espontâneo, afirma um novo estudo, apresentado na passada terça-feira, 10 de setembro, no congresso da European Respiratory Society, na Áustria. Felizmente, o mesmo estudo também concluiu que a maioria das mulheres com asma consegue, eventualmente, ter filhos.
Para o estudo, os investigadores do Hospital Universitário de Copenhaga, na Dinamarca, analisaram mais de 700 mil mulheres, nascidas entre 1976 a 1999, seguindo-as de 1994 a 2017. Todas as que tomavam regularmente medicamentos antiasmáticos eram classificadas como asmáticas.
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Concluíram assim que as mulheres com asma registaram um maior grau de perda fetal em comparação com as mulheres sem asma (17,0% vs. 15,7%) e um maior recurso a tratamentos de fertilidade (5,6% vs. 5,0%). Relataram ainda que a proporção de mulheres com e sem asma que posteriormente tiveram filhos foi de 77%. Isto sugere que "a asma não parece afetar o número de nados-vivos", afirmam os investigadores, em comunicado.
Também descobrira que "quanto mais grave era a asma e quanto maior era o número de crises, maior eram as probabilidades de as mulheres necessitarem de tratamento de fertilidade", diz Anne Vejen Hansen, uma das investigadoras responsáveis.
Não foi determinada justificação para esta associação, mas pode estar relacionada com a inflamação sistémica em todo o corpo, incluindo os órgãos reprodutores das mulheres.
“Os resultados deste estudo sublinham a importância do controlo da asma nas mulheres em idade reprodutiva", conclui a cientista.
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