Fármaco para a perda de peso mostra-se eficaz (e seguro) para crianças

É o resultado de um estudo apresentado na passada terça-feira, 10 de setembro, na reunião anual da European Association for the Study of Diabetes, em Madrid, Espanha.

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Notícias ao Minuto
11/09/2024 10:35 ‧ 11/09/2024 por Notícias ao Minuto

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Segundo um novo estudo, o medicamento para a obesidade, o liraglutide, é seguro e eficaz para crianças com idades entre os 6 e os 12 anos. Trata-se da primeira investigação a analisar a eficácia deste fármaco em crianças e foi apresentada na passada terça-feira, 10 de setembro, na reunião anual da European Association for the Study of Diabetes, em Madrid, Espanha. 

 

Durante o estudo, os investigadores perceberam que as crianças com mais de 6 anos, mas menos de 12 anos, e que tomaram liraglutido durante um pouco mais de um ano registaram uma redução do IMC (Índice de Massa Corporal) de 7,4%. Também registaram melhorias no controlo da pressão arterial e do açúcar no sangue.

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O estudo envolveu 82 crianças (53,7% do sexo masculino) com idades entre 6 e 12 anos. 54,9% das crianças tinham algum tipo de complicação relacionada com a obesidade, como a resistência à insulina ou a puberdade precoce, afirmam os investigadores, em comunicado. 

56 crianças receberam injeções diárias de liraglutide (3 miligramas ou a dose máxima tolerada) e 26 receberam injeções semanais de placebo durante 56 semanas. Quando o período de tratamento acabou registou-se uma alteração média do IMC de -5,8% para quem tomou liraglutide e de +1,6% para o grupo do placebo. 

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Também foi observada uma redução do IMC de pelo menos 5% em 46,2% das crianças que receberam liraglutide e 8,7% que receberam placebo.

Concluíram assim que o liraglutide 3,0 mg conduziu a uma maior redução do IMC do que o placebo em crianças com idades compreendidas entre os seis e os 12 anos que vivem com obesidade.

Efeitos secundários gastrointestinais (por exemplo, náuseas, vómitos, diarreia) foram os mais comuns e ocorreram em 80,4% das crianças que receberam liraglutide e 53,8% que receberam placebo. Mas 12,5% dos que receberam liraglutide e 7,7% dos que receberam placebo tiveram efeitos secundários graves.

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