Aperitivos, croissants, batatas fritas e queijo estão mais salgados

O teor de sal em produtos alimentares embalados aumentou desde 2005 em 12 categorias de alimentos e reduziu noutras 16 categorias, segundo um estudo da associação de defesa do consumidor Deco hoje divulgado.

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Lusa
20/01/2016 17:09 ‧ 20/01/2016 por Lusa

Lifestyle

Dez anos

Foram analisadas pelos técnicos da Deco 30 categorias alimentares de um total de 250 alimentos: em 16 alimentos a concentração de sal baixou, em dois manteve-se e noutros 12 aumentou.

Os resultados recolhidos em 2015 pela Deco foram comparados com os de estudos realizados em 2005 e em 2011.

Entre 2005 e 2015, registaram uma redução no teor do sal produtos como a manteiga, o fiambre, o pão, a margarina ou os cereais de pequeno-almoço de chocolate.

Em contrapartida, os aperitivos de milho, os croissants, as batatas fritas e o queijo flamengo estão mais salgados do que há 10 anos.

"O caso dos croissants é surpreendente pela negativa. Um produto geralmente apontado pelos elevados níveis de gordura ou de açúcar tem também muito sal. Os croissants analisados apresentavam entre 0,9 e 1,3 gramas de sal por 100 gramas, quase o mesmo do pão de forma embalado", refere a associação de defesa do consumidor.

Contudo, foram os aperitivos de milho o produto que registou um maior aumento (70%): ao consumir uma dose de 30 gramas ingere-se cerca de 10% da quantidade diária de sal recomendada.

A Deco analisou ainda o teor de sal em 50 refeições adquiridas em restaurantes de Lisboa e do Porto: 18 menus de hambúrgueres e 32 refeições de carne (prato do dia).

No caso de Lisboa, o menu de hambúrguer tinha em média 0,72 gramas de sal por 100 gramas e no Porto 0,70.

Quanto aos pratos, os de Lisboa acusaram em média 0,73 gramas de sal por cada 100 e no Porto uma média de 0,87 gramas. Nalguns casos, com apenas uma refeição atinge-se a dose diária de sal recomendada.

A Deco recorda que o consumo diário de sal em Portugal baixou 1,7 gramas desde 2009, mas que se continua a ingerir mais do dobro da quantidade recomendada pela Organização Mundial da Saúde.

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