Dia da Criança. Deixemos os miúdos ter amigos imaginários

São crianças e brincam. São crianças e têm uma imaginação sem fim. São crianças e brincam a imaginar tudo e mais alguma coisa. São crianças e têm amigos imaginários… e que bem que lhes faz.

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Daniela Costa Teixeira
01/06/2016 07:35 ‧ 01/06/2016 por Daniela Costa Teixeira

Lifestyle

Comportamento

Celebra-se esta quarta-feira, 1 de junho, o Dia da Criança e não podíamos deixar passar a data sem falar numa das principais caraterísticas dos mais novos: a imaginação.

Ideias nunca lhes faltam, invenções também não. A criatividade dos miúdos parece não ter fim e chega mesmo a dar ‘vida’ a personagens. Os amigos imaginários são comuns entre o universo da pequenada e não há nada a temer na sua existência.

Embora os primeiros estudos acerca do assunto tenham apontado para possíveis malefícios da criação de amigos imaginários – pelo risco de exclusão social, doença mental ou, em casos mais extremos e talvez pouco científicos, possessão demoníaca -, a verdade é que a amizade imaginária não só não faz mal à criança, como pode ser ser bastante benéfica para a sua saúde e desenvolvimento.

A psicóloga Yale Dorotgy Singer foi uma das primeiras especialistas a abordar o lado positivo dos amigos imaginários, defendo que esta capacidade de criar personagens surge nos bebés e espelha o lado mais curioso do ser. O facto de os bebés serem capazes de “imitar sons e ações” faz com que, anos depois, consigam desenvolver uma personagem fictícia.

Segundo a New York Magazine, que compilou vários estudos científicos acerca do tema, a criação de amigos imaginários está relacionada com benefícios cognitivos e emocionais, e isto porque as crianças que criam personagens acabam até por ser “mais sociáveis, menos tímidas e têm uma maior compreensão social”, como diz a psicóloga da Universidade de Oregon (Estados Unidos), Marjorie Taylor, que destaca que as crianças com amigos imaginários tendem a tratar esta personagem como um amigo real, acabando por desenvolver mais cedo e de forma mais intensa as interações sociais.

Além disso, a capacidade de criar, estimular e dar continuidade a uma personagem imaginária (que pode ser invisível ou até mesmo um boneco ou urso de peluche) ajuda também a desenvolver outras habilidades, como é o caso da compreensão de personalidades, já que a criança determina (leia-se, inventa) a personalidade, o carácter e o comportamento do seu amigo imaginário.

Clique aqui e veja o quão divertidos podem ser os amigos imaginários das crianças (e o quão engenhosas estas podem ser).

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