Procurar o máximo conforto e sucesso durante o tratamento de uma doença, como o cancro, é a opção de grande maioria das pessoas, que se dedicam à crença de possíveis ‘milagres’ farmacêuticos e medicinais. Mas, e se o exercício for o complemento que falta para o sucesso do tratamento?
Essa é a ideia sugerida numa publicação feita no site do The Wall Street Journal, que mostra que a atividade física traz vários benefícios à saúde física e mental das pessoas saudáveis, mas também daquelas que combatem contra alguma doença.
No caso dos pacientes de cancro, com diz a investigadora da Universidade de Yale Linda Gottlieb, “o exercício oferece aos sobreviventes de cancro uma significante oportunidade de serem um jogador-chave na sua equipa de cura”. Mas quem luta contra a doença pode também beneficiar da atividade física, como explica, referindo que esta “ajuda a reduzir a probabilidade de recorrência”. E a qualidade de vida fica sempre a ganhar.
Embora a resistência e a capacidade física sejam limitadas durante o processo de tratamento e também durante os primeiros tempos de sobrevivente, a verdade é que a aptidão física melhora quando esta é estimulada, ou seja, quando a pessoa troca a vida sedentária e cómoda por uma vida ativa e dinâmica, algo que “encoraja os sentimentos de confiança, promove sentimentos gerais de bem-estar, diminui a ansiedade, a depressão e a fadiga”. E dá mais energia para continuar a lutar.
Dar ouvidos ao corpo e perceber que o corpo pós ou durante o cancro não é o mesmo que se tinha antes de ser diagnosticad a doença é fundamental para não desanimar e para não colocar a saúde em risco. O ideal é procurar a ajuda de um especialista em exercício físico e aconselhar-se junto do médico.
De acordo com a publicação, nos Estados Unidos recomenda-se que os pacientes ou sobreviventes de cancro evitem a inatividade ao máximo, sendo o indicado praticar cerca de 150 minutos de atividade física por semana, alternando o exercício aeróbico com o treino de força.
Além da atividade física ser responsável direta pela redução do risco de 13 tipos de cancro diferentes, a prática de atividade durante o tratamento tem sido cientificamente associada a uma maior redução da fadiga e a uma melhoria da qualidade de vida dos pacientes.