Apesar das várias investigações e dos avanços na ciência na última década, a doença de Alzheimer continua a ser um dos principais desafios da medicina.
Afetando cerca de 44 milhões de pessoas no mundo, a doença de Alzheimer ainda não tem cura, apenas medicamentos paliativos. Mas foi agora divulgada uma droga que está a ter resultados promissores em testes em humanos.
Os resultados promissores da primeira fase da pesquisa foram publicados na edição online da revista Science Translational Medicine.
Sabe-se que, entre outros fatores, a doença de Alzheimer surge devido à acumulação exagerada da proteína beta-amiloide, que forma placas no cérebro. O objetivo da nova droga, chamada verubecestat, é reduzir a formação dessas placas ao agir como inibidor na enzima BACE1, que tem um papel importante na produção da proteína beta-amiloide.
Os testes foram para já realizados com 32 pacientes e demonstraram diminuições de até 80% nos níveis da enzima.
Especialistas não envolvidos neste estudo dizem que estes resultados preliminares podem trazer alguma esperança. Como cita a Fox News Dennis Selkoe, da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, disse à revista Scientific American que “esta é a primeira vez que se detalha o que um inibidor BACE1 faz em seres humanos” e que “a boa notícia é que, até agora, [os cientistas] não viram nenhum sinal dos efeitos colaterais com que estávamos preocupados”.