O Natal é uma época de excessos. Perdão, as festividades de final de ano são uma época de excessos. Não há volta a dar e todos os anos é assim (talvez até seja pior de ano para ano). Mas será que comer muito nestes dias faz assim tão mal à saúde?
“Nós engordamos de janeiro a dezembro e não de dezembro a janeiro. Não são alguns excessos que se façam ao longo desses dois dias ou dessa semana que vai fazer a diferença”, começa por dizer a nutricionista Iara Rodrigues.
Contudo, o problema não está aqui. “Há pessoas que infelizmente não começam os excessos apenas no dia 24 de dezembro, mas sim a partir do dia 1, é quase que o mês de dezembro é associado a excessos”.
Segundo a nutricionista, “quando é do dia 1 ao 31, a situação pode não ficar tão controlada e isto porque hoje em dia vive-se o Natal com vários jantares e há muitos eventos associados o que faz com que algumas pessoas não tenham facilidade em escolher ou fazer uma alimentação saudável”.
Para a nutricionista, autora do livro ‘Emagreça sem fome – coma melhor e viva com saúde’ [Editora Clube do Autor], “o planeamento e a organização são essenciais”. No caso do Natal, diz, é importante “tentar, de alguma maneira, que as refeições sejam confecionadas em casa, onde o poder de escolher os ingredientes que vão fazer parte da nossa mesa seja, de certa forma, facilitado”.
Um outro conselho que a nutricionista dá é “evitar sobras, pois, sem sombra de dúvidas, quantas mais sobras houver, mais vezes vamos ficar tentados a comer determinadas coisas”.
“Tentar, acima de tudo, manter o exercício físico não como forma de compensar – não sou uma pessoa de compensações -, mas de manter o seu peso e a saúde” é outro aspeto que, de acordo com Iara, é fundamental, “porque é disso que se trata, da saúde e do bem-estar”.
Contudo, tão ou mais importante do que cuidar da saúde e da alimentação é não esquecer a essência do Natal: “Tentar viver também a época natalícia não como uma época pecaminosa, mas como uma época de harmonia e bem-estar que deve ser vivida”.