Os possíveis responsáveis pela má saúde mental do futuro

A má memória e os vários problemas do foro cognitivo não são apenas uma questão genética, existe um sem número de fatores que podem impulsionar a demência… e muitos deles estão presentes no nosso quotidiano.

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Daniela Costa Teixeira
08/02/2017 08:00 ‧ 08/02/2017 por Daniela Costa Teixeira

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A preocupação com o estado de memória não é apenas uma coisa de pessoas idosas, pelo contrário. É desde cedo que as pessoas devem preocupar-se com a sua saúde mental e olhar ‘com olhos de ver’ para todos os fatores que podem estar ou vir a estar associados com um maior risco de demência.

Cuidar da boa saúde mental desde tenra idade – através da alimentação, da prática de exercício físico e do descanso – é fundamental, contudo, pode não ser suficiente e isto porque existem vários fatores que a podem desencadear problemas mentais… e muitos deles estão presentes no nosso quotidiano.

Um deles é a poluição ambiental, tendo um estudo da Lancaster University detetado pequenas partículas de poluição no tecido cerebral, uma situação que faz aumentar o risco de Alzheimer. Este ano, uma nova investigação vem reforçar esta teoria e garante que viver em ambientes demasiado poluídos aumenta em 92% o risco de ter Alzheimer.

A má qualidade de sono é também uma questão a ter em conta, especialmente nos dias de hoje em que se cimentou o culto de que não há tempo para dormir. De acordo com a revista Health, são muitas as evidências científicas que associam os distúrbios de sono (seja por defeito de horas ou de qualidade) a problemas mentais.

Seja pela cada vez mais frequente ausência de aromas naturais ou por uma má formação genética, o fraco sentido de olfato é uma realidade e sabe-se, agora, que pode também estar relacionado a uma má memória no futuro. Diz uma investigação publicada na revista Annals of Neurology que as pessoas que têm mais dificuldade em reconhecer o aroma a mentol, morango e limão correm um maior risco de Alzheimer do que aquelas que têm um sentido de olfato mais apurado.

Como não poderia deixar de ser, a alimentação é também um fator determinante para a saúde mental. Enquanto alguns alimentos exercem um poder benéfico no cérebro, outros são como veneno, uma vez que são feitos à base de químicos, aditvos, açúcares e gorduras saturadas e trans, ou seja, tudo o que o cérebro não precisa de todo. Além disso, a ciência já provou que fazer um jejum de cerca de 12 horas (ou seja, jantar mais cedo e dormir oito horas) ajuda a que o cérebro trabalhe melhor.

A concussão também é um sinal de alerta para o risco de demência, assim como a solidão.

No ano passado, um estudo da Universidade de Harvard sugeriu que as pessoas que são socialmente isoladas correm um maior risco de ter problemas cognitivos, podendo o inverso também acontecer.

Por fim, mas não menos importante, está ainda a ligação entre a pressão arterial elevada e o risco de Alzheimer… mas não se trata de uma relação negativa. Conta a Health que um recente estudo publicado na Alzheimer & Dementia concluiu que quando as pessoas que ficam com a pressão arterial alta na velhice correm um menor risco de ter Alzheimer. Porém, as pessoas não devem ignorar o estado da pressão sanguínea, uma vez que este é um fator determinante para a saúde em geral.

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