Combater o comodismo com superalimentos. E uma boa parte está na despensa

Uma alimentação saudável quer-se variada, equilibrada, colorida e divertida. Evitar as refeições monótonas e que apelem ao comodismo é fundamental e é isso mesmo que a nutricionista Mafalda Rodrigues de Almeida explica em entrevista ao Lifestyle ao Minuto.

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© Chá das Cinco

Daniela Costa Teixeira
11/03/2017 08:40 ‧ 11/03/2017 por Daniela Costa Teixeira

Lifestyle

Mafalda Almeida

Nos pequenos-almoços nota-se muito que os portugueses são pouco criativos, são limitados ao pão com manteiga e à meia-de-leite, sempre, sempre, sempre”.

Mas não é apenas nos pequenos-almoços que os portugueses pecam por falta de criatividade. Em declarações ao Lifestyle ao Minuto, a nutricionista Mafalda Rodrigues de Almeida diz que, na generalidade, “somos muito limitados nas nossas escolhas do dia a dia, se nos sentirmos confortáveis deixamos estar”.

Sair da zona de conforto nem sempre é fácil, mas está longe de ser impossível. De acordo com a especialista, a melhor forma de evitar cair na rotina e na tentação de optar por alternativas menos saudáveis é através da “mudança do chip”. E essa mudança passa por incluir novos alimentos na dieta diária e olhar com olhos de ver para aqueles que são ingeridos diariamente. Os superalimentos podem assumir um papel de destaque nesta nova fase.

O que são, afinal, os superalimentos?

Superalimento é um dos termos alimentares mais falado nos últimos anos. Os profissionais da área da nutrição dão-lhes destaque, alguns organismos chegam mesmo a classificá-los, mas a ciência carece ainda de uma definição concreta.

“Apesar de não haver uma definição muito específica de superalimento, as pessoas conseguem perceber que há determinados alimentos que são importantes na sua alimentação diária porque são melhores do que outros. As pessoas sabem que os mirtilos, morangos ou frutos vermelhos se associam muito a benefícios para a saúde ao contrário da maçã, que não tem tanta qualidade nutricional”, começa por nos explicar a nutricionista, autora do blogue Loveat.

Mas apesar de todas as evidências e até de haver já um maior conhecimento, é fácil passar a mensagem? Nem sempre, diz-nos. “O que eu acho que é difícil explicar às pessoas no que diz respeito aos superalimentos é que não só aqueles superalimentos em pó, ‘esquisitos’ e difíceis de encontrar, são coisas muito fáceis e as pessoas nem sempre têm essa ideia”.

A importância de desmistificar o preconceito de que os superalimentos são apenas as raízes ou algas é um dos aspetos centrais do seu livro, ‘Superalimentos – Refeições com mais vida’ [Chá das Cinco], onde mostra que alimentos comuns do quotidiano podem ser tão bons ou melhores do que os vendidos em pó, embora estes sejam também benéficos para a saúde.

O superalimento na própria despensa

“As pessoas não associam as couves a superalimentos e quase todas as couves são consideradas superalimentos, como os agriões e os espinafres, que são alimentos tão típicos e que, de vez em quando, descuramos porque são tão básicos ou não achamos que são assim tão saudáveis. Mas não é assim, são superalimentos que conseguimos encontrar no supermercado com muita facilidade e que conseguimos beneficiar dos seus efeitos e não ter de ir buscar os outros, ou vice-versa, podemos fazer um equilíbrio”, diz.

E as pessoas conseguem encontrar o equilíbrio? Dificilmente. Há sempre “o risco de consumirem estes alimentos em excesso”, porque “há pessoas que exageram muito porque acham que se comerem mais vão ter mais benefícios, mas não funciona assim porque o nosso corpo não é uma máquina perfeita, não funciona de acordo com a nossa cabeça”.

“Temos de consumir as quantidades que são recomendadas. Comer de forma equilibrada e em quantidades pequeninas porque, de facto, os que vêm em pó, as sementes e as bagas oferecem-nos o máximo partido em quantidades muito pequenininhas. Fica mais económico respeitar as quantidades, mais saudável. Podemos abusar de couves e agriões”, conclui.

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