Hoje em dia é moralmente menos culpável comer uma salada do que um valente bife. Pelo menos, é isto que muitos vegetarianos defendem, a expensas de quem ainda não conseguiu descartar a proteína animal. No entanto, se calhar é melhor pensar-se duas vezes na altura de criticar, uma vez que, aparentemente, nisto de fazer sofrer para comer não haverá inocentes.
Uma investigação da Universidade do Missouri (EUA) descobriu que as plantas conseguem identificar sons nas proximidades, como o de comer, e reagir a ameaças ao seu meio-ambiente. “Investigações anteriores provaram que as plantas respondem a energia acústica, como música”, indicou Heidi Appel, uma das investigadoras, de acordo com o Daily Mail.
“No entanto, o nosso trabalho traz o primeiro exemplo de como as plantas reagem a uma vibração ecologicamente relevante. Descobrimos que as ‘vibrações de alimentação’ espoletam mudanças nas células da planta, criando mais químicos de defesa que repelem ataques de lagartas”, acrescentou.
Um outro investigador sublinhou que as plantas foram submetidas a sons com acústicas similares a uma lagarta a alimentar-se (como o vento ou outros insectos) mas não reagiram da mesma forma. “Não aumentou as defesas químicas” da mesma forma que aumenta com o som de uma lagarta a alimentar-se, indicou Rex Cocroft.
“Isto indica que as plantas são capazes de distinguir vibrações decorrentes de alimentação de outras fontes de vibração ambiental”, acrescentou.