Calça-se um dos sapatos e dá-se um nó nos atacadores, calça-se o outro sapato e repete-se o processo. Está tudo pronto para começar a andar… e a voltar a atar os atacadores.
A ciência está solidária com um dos maiores dramas humanos e, por isso, decidiu estudá-lo a fundo. Conta a BBC que uma equipa de investigadores da Universidade Califórnia Berkeley descobriu porque é que os atacadores se soltam mesmo depois de terem sido atados há poucos segundos… e tudo é por culpa de uma interação de forças.
Para o estudo, os investigadores filmaram o ‘comportamento’ dos atacadores de uns ténis durante uma corrida num percurso irregular e, após analisarem as imagens, concluíram que por cada passada, o pé exerce um impacto sete vezes maior do que a força da gravidade. Mas, o que é que a passada tem a ver com os atacadores? Tudo. Diz o estudo que para responder a esta força de impacto, o nó do atacador estende-se e alarga, acabando por ceder e desfazer-se.
Mas há mais. À medida que o nó vai relaxando, dá-se uma força de inércia nas extremidades dos atacadores, que tendem já a ser mais pesadas devido ao plástico que possuem.
Embora tudo isto pareça um processo complexo, a investigação salienta que, a partir do momento em que o nó relaxa, bastam duas passadas para que os atacadores caiam.
Publicado na Proceedings da Royal Society A, o estudo analisou ainda vários tipos de atacadores, tendo concluído que o efeito é idêntico em todos.