Para os chefs e cozinheiros, a carne mal passada é um ‘must’ e passá-la só a vai deixar com textura de borracha e sem sabor. Vários especialistas também recomendam o consumo de carne mal passada ou média, para quem tem falta de ferro, por exemplo.
Mas um novo estudo francês descobriu que nem todos beneficiam de comer a carne mal passada. Aliás, segundo o estudo realizado por investigadores da Unidade de Nutrição Humana, do Instituto Nacional Francês para a Investigação Agrícola e do Centro de Investigação para a Nutrição Humana Auvergne do Hospital Universitário Clermont-Ferrand, quando consomem carne mal passada as pessoas com mais de 65 anos de idade têm mais dificuldade em absorver a proteína de que necessitam.
Para este estudo os investigadores recrutaram 10 pessoas com idades entre os 70 e os 82 anos e em alguns dias os voluntários consumiram bifes mal passados e em outros dias bifes bem passadas. As análises que foram feitas ao sangue após cada refeição revelaram que estes absorveram muito menos amino ácidos – sustentáculos da proteína – quando a carne estava mal passada, em comparação com quando os bifes estavam bem passados.
Tendo estas descobertas em consideração, os investigadores, como reporta o Reader’s Digest, aconselham os seniores a escolher carne bem passada em detrimento da carne mal passada de forma a evitar a sarcopenia – perda degenerativa de massa muscular.
Com o avançar da idade, o sistema digestivo parece ter mais dificuldade em ‘quebrar’ a proteína da carne crua ou mal passada.