"Por causa da grave e indiscriminada natureza do último ataque israelita, o Governo sul-africano decidiu retirar o embaixador Sisa Ngombane com efeito imediato", comunicou o Departamento de Relações Internacionais, em comunicado.
O executivo do Presidente Cyril Ramaphosa condenou em "termos mais enérgicos" os incidentes de hoje na fronteira entre Israel e a Faixa de Gaza, que provocou 52 mortos e pelo menos cerca de 2.000 feridos.
A África do Sul recordou que defende a retirada total das forças armadas israelitas da Faixa de Gaza por "um permanente obstáculo mais para a resolução do conflito, que deve chegar através de dois Estados, Israel e Palestina, coexistindo lado a lado e em paz".
Por isso, o Governo da África do Sul junta-se às vozes da comunidade internacional que pedem para que as mortes de palestinianos sejam investigadas.
O balanço de vítimas mortais palestinianas de hoje torna a jornada mais mortífera do conflito israelo-palestiniano, depois da guerra do verão de 2014 no enclave.
A questão de Jerusalém, que esteve na base dos protestos de hoje, é uma das mais complicadas e delicadas do conflito israelo-palestiniano, um dos mais antigos do mundo.
Israel ocupa Jerusalém Oriental desde 1967 e declarou, em 1980, toda a cidade de Jerusalém como a sua capital indivisa.
Os palestinianos querem fazer de Jerusalém oriental a capital de um desejado Estado palestiniano, coexistente em paz com Israel.
Jerusalém é considerada uma cidade santa para cristãos, judeus e muçulmanos.