Em Paris, a CGT contabilizou 80 mil manifestantes, enquanto a polícia registou 21 mil, uma participação menor em relação ao protesto organizado no passado dia 05, quando os organizadores deram conta de 100 mil manifestantes em Paris, e a polícia 40 mil.
Ao início da tarde, a agência France Presse relatava que milhares de pessoas começavam a desfilar na zona leste de Paris, assim como em várias cidades do país.
Na manifestação na capital, o líder da CGT, Philippe Martinez, sugeriu a Macron para "olhar pela janela do seu palácio para ver a vida real".
Foram mobilizados 1.500 polícias para Paris e foram detidas 35 pessoas antes e depois da marcha, com as forças de segurança a encontrar nas revistas objetos que podiam provocar danos ou possibilitar cobrir as caras.
Nas anteriores manifestações pessoas não ligadas à organização provocaram danos.
Na sexta-feira, em São Petersburgo, na Rússia, garantiu que não queria presidir "à luz de sondagens ou manifestações" porque "já se fez muito".
No início do mês, quando passou um ano sobre a eleição de Macron, uma sondagem BVA para a rádio RTL notava que quase seis em cada dez franceses (57%) se diziam insatisfeitos com a sua política.
O resultado era melhor do que os dos antecessores François Hollande e Nicolas Sarkozy, mas pior que os de Jacques Chirac e François Miterrand, representando uma perda de 20 pontos percentuais num ano.
Entre as qualidades reconhecidas a Macron, os inquiridos citavam especialmente as "convicções profundas", a "autoridade" e "estatura presidencial". Entre os defeitos, que é "pouco unificador" e pouco "próximo das pessoas".
"Se há um ponto que une os franceses, é que o presidente age. O que os divide é a sua ação", resumiu na altura o especialista em sondagens Jean-Daniel Lévy, da empresa de pesquisa de mercado Harris Interactive, à agência France-Presse.
Emmanuel Macron, 40 anos, venceu as eleições de 07 de maio de 2017 com 64% dos votos, no contexto particular de uma segunda volta disputada com a líder da extrema-direita francesa, Marine Le Pen.
O programa político, que definiu como "nem de esquerda nem de direita", assenta na liberalização do modelo económico francês, na refundação da unidade europeia e na reedificação da posição de França no mundo.
Ao fim de um ano no poder, Macron tem enfrentado contestação social e numerosas greves nos transportes.