"Decidimos convocar uma greve geral de 24 horas a partir das 00:00 de quinta-feira até às 23:59 da noite do mesmo dia", afirmou o presidente do Conselho Superior da Empresa Privada (COSEP), José Adán Aguerri.
"Instamos todos os donos de negócios, pequenos e médios empresários, profissionais independentes e negócios por conta própria a fechar os estabelecimentos e a cessar todas as atividades", acrescentou o dirigente.
A representante universitária da Aliança, Valeska Valle, sublinhou que "apenas a ação cívica conjunta de todos assegurará o êxito desta ação legítima destinada a assinalar e deter a violência e a repressão".
Por fim, a Aliança Cívica exigiu ao Presidente nicaraguense, Daniel Ortega, "uma resposta imediata" à Conferência Episcopal da Nicarágua para retomar o diálogo nacional e "rever o sistema político" em prol de "uma autêntica democracia e justiça".
A Aliança integra estudantes, representantes da sociedade civil e do setor privado.
A Nicarágua vive há mais de um mês a crise sociopolítica mais sangrenta das últimas décadas.
Os protestos contra o Governo foram desencadeados por uma reforma da Segurança Social, entretanto abandonada, mas subiram de tom por causa da violência das autoridades contra os manifestantes, na sua maioria estudantes, e devido às acusações de corrupção e abuso de poder de que são alvos o Daniel Ortega e a mulher e vice-Presidente, Rosario Murillo.