Governo italiano quer revogar concessão de gestora do viaduto que caiu

O Governo italiano decidiu hoje iniciar "o procedimento para a revogação da concessão à empresa Autostrade per l'Italia", responsável pela manutenção do viaduto que colapsou na terça-feira, em Génova, e que já afirmou ter cumprido as normas de segurança.

Notícia

© Reuters

Lusa
15/08/2018 18:47 ‧ 15/08/2018 por Lusa

Mundo

Génova

A informação foi avançada hoje pelo primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte, numa conferência de imprensa no final de uma reunião extraordinária do Conselho de Ministros, realizada em Génova, para avaliar o acidente, que matou 39 pessoas.

O chefe do Governo avançou que o executivo, "no momento de atribuir novas concessões, será muito mais rigoroso na avaliação das cláusulas" para evitar que desastres como o de Génova se repitam no futuro.

A decisão do executivo italiano surgiu depois de a empresa ter indicado que estava a trabalhar na melhoria do pavimento do viaduto, embora tenha assegurado que a operação estava a ser supervisionada e que a ponte tinha sido sujeita a todos os controlos periódicos pertinentes.

O ministro das Infraestruturas, Danilo Toninelli, pediu hoje a demissão dos diretores da companhia, enquanto o ministro do Interior, Matteo Salvini, afirmou que os responsáveis assumirão as suas responsabilidades.

Na reunião de hoje, o executivo italiano também declarou o "estado de emergência" por 12 meses em Génova e anunciou a atribuição de um primeiro apoio de cinco milhões de euros.

O balanço mais recente das autoridades italianas dá conta de 39 mortos e 16 feridos.

De acordo com a delegação do Governo em Génova, 37 das vítimas mortais estão já identificadas, enquanto estão a ser realizados exames de ADN a outros dois mortos.

Dos 16 feridos, 12 continuam em estado grave.

O acidente ocorreu na terça-feira, cerca das 12h00 horas locais (11h00 em Lisboa), quando caiu um troço de cerca de 100 metros da ponte Morandi, que tem um quilómetro de longitude e uma altura de 90 metros, soterrando vários veículos.

As equipas de socorro continuam no local e procuram retirar os escombros o mais depressa possível, um trabalho complicado que se prolongará durante os próximos dias, indicou a Cruz Vermelha, em comunicado.

 

Partilhe a notícia

Produto do ano 2024

Descarregue a nossa App gratuita

Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas