A informação foi avançada hoje pelo primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte, numa conferência de imprensa no final de uma reunião extraordinária do Conselho de Ministros, realizada em Génova, para avaliar o acidente, que matou 39 pessoas.
O chefe do Governo avançou que o executivo, "no momento de atribuir novas concessões, será muito mais rigoroso na avaliação das cláusulas" para evitar que desastres como o de Génova se repitam no futuro.
A decisão do executivo italiano surgiu depois de a empresa ter indicado que estava a trabalhar na melhoria do pavimento do viaduto, embora tenha assegurado que a operação estava a ser supervisionada e que a ponte tinha sido sujeita a todos os controlos periódicos pertinentes.
O ministro das Infraestruturas, Danilo Toninelli, pediu hoje a demissão dos diretores da companhia, enquanto o ministro do Interior, Matteo Salvini, afirmou que os responsáveis assumirão as suas responsabilidades.
Na reunião de hoje, o executivo italiano também declarou o "estado de emergência" por 12 meses em Génova e anunciou a atribuição de um primeiro apoio de cinco milhões de euros.
O balanço mais recente das autoridades italianas dá conta de 39 mortos e 16 feridos.
De acordo com a delegação do Governo em Génova, 37 das vítimas mortais estão já identificadas, enquanto estão a ser realizados exames de ADN a outros dois mortos.
Dos 16 feridos, 12 continuam em estado grave.
O acidente ocorreu na terça-feira, cerca das 12h00 horas locais (11h00 em Lisboa), quando caiu um troço de cerca de 100 metros da ponte Morandi, que tem um quilómetro de longitude e uma altura de 90 metros, soterrando vários veículos.
As equipas de socorro continuam no local e procuram retirar os escombros o mais depressa possível, um trabalho complicado que se prolongará durante os próximos dias, indicou a Cruz Vermelha, em comunicado.