A Região Administrativa Especial chinesa é um dos principais mercados mundiais de barbatanas de tubarão, que são tradicionalmente servidas como sopa em banquetes.
Juntamente com as barbatanas de tubarão, o governo de Hong Kong retirou também dos menus oficiais o atum rabilho, a maior espécie de atum, numa decisão justificada com "preocupações de conservação das espécies".
"A exclusão destes produtos dos menus oficiais é um começo e pretende servir como exemplo para promover a educação pública e a consciencialização para questões de sustentabilidade", refere um comunicado oficial divulgado hoje.
O comércio de barbatanas de tubarão em Hong Kong não tem regulamentação para além de restrições, impostas pela Convenção Internacional sobre Comércio de Espécies Ameaçadas (CITES), que abrangem apenas três espécies - tubarão frade (Cetorhinus maximus), tubarão branco (Carcharodon carcharias) e tubarão baleia (Rhincodon typus).
De acordo com a organização internacional World Wildlife Fund (WWF), mais de 70 milhões de tubarões são mortos anualmente para lhes serem retiradas as barbatanas e na última década Hong Kong importou 10.000 toneladas de barbatanas de tubarão por ano, uma grande parte para ser vendida no continente chinês.
Depois de retiradas as barbatanas, os tubarões ainda vivos são atirados ao mar, onde acabam por morrer asfixiados, uma prática conhecida internacionalmente como "finning".
A organização 'Hong Kong Shark Foundation' saudou, num comunicado, a decisão do governo local considerando que foi "mais um passo importante para acabar com a mortandade global de tubarões".