"Neste momento, decidimos não proibir as manifestações", disse o porta-voz do Governo, Benjamin Griveaux, ao canal CNews.
No entanto, Griveaux pediu aos manifestantes, que protestam há quase um mês contra a política fiscal e social do Governo, que sejam "razoáveis" depois ao atentado ocorrido na terça-feira à noite, que provocou três mortos e 13 feridos num mercado de Natal em Estrasburgo, nordeste da França.
A revolta dos "coletes amarelos" já "foi ouvida" e foi "respondida", insistiu Griveaux, em referência às medidas anunciadas na segunda-feira pelo Presidente francês, Emmanuel Macron, para aumentar o poder de compra dos assalariados e reformados mais carenciados.
"As nossas forças policiais e de segurança foram colocadas a trabalhar exaustivamente nas últimas semanas", disse o porta-voz, acompanhado por alguns políticos e líderes sindicais.
"Podemos ver a extrema fadiga da polícia", disse ainda o líder do sindicato CFDT, Laurent Berger, à rádio RFI, dizendo que "seria uma boa ideia não sobrecarregar os barcos".
Desdobrada em força para supervisionar as várias manifestações, enfrentando episódios de violência, a polícia foi agora lançada numa ampla operação para tentar encontrar o homem mais procurado em França.
Mais de 700 polícias e 'gendarmes' (polícia militarizada) estão mobilizados no âmbito do atentado em Estrasburgo.
Após 40 horas do atentado, não há certeza de que o alegado autor do ataque, Cherif Chekatt, esteja ainda em França.
Os investigadores admitem a possibilidade de o acusado do ataque poder ter cruzado a fronteira e fugido para Kehl, na Alemanha, do outro lado do Reno.
Uma intervenção da polícia francesa e alemã na manhã de quarta-feira não ajudou a encontrar o suspeito.