Os trabalhos de resgate do pequeno Julen, em Totalán, Málaga, aproximam-se da fase final. Depois de concluída a perfuração do túnel vertical, os mineiros começam a escavar um túnel horizontal com o intuito de chegar até à bolsa de ar onde, supostamente, está a criança de dois anos.
Mais de uma semana depois de a criança ter caída no poço, as esperanças de a encontrar com vida são já reduzidas, mas por toda a Espanha mantêm-se palavras de incentivo, para que a equipa de resgate mantenha a motivação, e para que os pais mantenham a fé.
Recorde-se que o estado do solo tem sido um dos principais entraves nos trabalhos. O túnel vertical, por exemplo, tinha um tempo estimado de perfuração de 15 horas, mas acabaram por ser necessárias 55 horas devido à existência de solo mais rochoso e mais difícil de perfurar.
Esta manhã, os técnicos vão proceder a trabalhos complementares no túnel vertical, revestindo as suas paredes, para que este se torne mais seguro para os mineiros que irão escavar a galeria horizontal. Esta galeria horizontal será escavada manualmente e tem uma distância de cerca de quatro metros, dá conta o El Pais. Os mineiros recorrem a martelos de ar comprimido e picaretas para construir o túnel. Estima-se que a escavação deste túnel leve, no máximo, 24 horas a estar concluída.
Mi agradecimiento infinito a todos los profesionales que han participado en los trabajos de la excavación y perforación de la galería vertical de 60 m de profundidad, que permite que nos encontremos más cerca de #Julen. Seguiremos trabajando sin descanso hasta llegar al final. pic.twitter.com/zwcfdo5cYc
— Angel García Vidal (@AngelGarciVidal) 22 de janeiro de 2019
Quando os operacionais tiverem avançado cerca de um metro vão fazer um buraco no qual vão introduzir uma câmara para comprovar se Julen se encontra na referida bolsa de ar. Será este o momento da verdade.
Segundo explica um responsável da brigada de mineiros no local, "à medida que os dias passam, vai-se tendo um maior conhecimento do terreno". O perito indica que são muitos os especialistas que estão envolvidos nos trabalhos de resgate, não tendo sido no entanto possível proceder aos estudos necessários que um trabalho destes exige em situações normais. "Estamos perante um sítio geologicamente muito complexo", admite.