Irão apela a laços com a Rússia e à conclusão do corredor estratégico

O Presidente iraniano, Massoud Pezeshkian, apelou hoje, após reunir-se com o vice-primeiro-ministro russo em Teerão, ao reforço das relações bilaterais e à aceleração e conclusão do corredor estratégico de transporte internacional Norte-Sul.

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© KARIM JAAFAR/AFP via Getty Images

Lusa
23/12/2024 17:16 ‧ há 6 horas por Lusa

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"A implementação da linha ferroviária Rasht-Astara, no âmbito do acordo Irão-Rússia, é a prioridade dos nossos planos e estamos determinados a implementá-la", disse Pezeshkian, segundo a IRNA.

 

O Corredor Internacional de Transporte Norte-Sul é uma rede multimodal de 7.200 quilómetros de rotas marítimas, ferroviárias e terrestres para o transporte de mercadorias entre a Índia, Irão, Azerbaijão, Rússia, Ásia Central e Europa.

"O Irão está empenhado em cumprir as disposições deste acordo e a parte russa pode começar a traçar a rota para a construção deste gigantesco projeto o mais rapidamente possível", sublinhou Pezeshkian.

O vice-primeiro-ministro russo, Vitaly Savelyev, por sua vez, afirmou que Moscovo disponibilizou a linha de crédito necessária para a construção da linha férrea Rasht-Astara e acordou com o Azerbaijão a modernização e atualização da parte da linha férrea situada no seu território.

"Espera-se que, com a implementação do acordo ferroviário Astara-Rasht, possamos atingir a capacidade de transferir 15 milhões de toneladas de mercadorias entre os dois países numa primeira fase", afirmou Savelyev, que convidou Pezeshkian a visitar oficialmente Moscovo no início de 2025, altura em que os dois países poderão assinar o acordo de cooperação global.

Hoje, o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano, Ismail Baghaei, durante a tradicional conferência de imprensa semanal, afirmou que o acordo estratégico poderá ser assinado em janeiro entre os dois países.

As relações entre a Rússia e o Irão reforçaram-se nos últimos anos, sobretudo no contexto do conflito ucraniano, em que Moscovo conta com o apoio de Teerão, que terá fornecido 'drones' e mesmo mísseis à parte russa, segundo o Ocidente.

Em novembro passado, Teerão e Moscovo ligaram os seus sistemas bancários para impulsionar o comércio e as transações financeiras, numa tentativa de fazer face às sanções económicas dos Estados Unidos e da Europa.

Leia Também: Irão volta em janeiro às conversações sobre o seu programa nuclear

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