Conselho Constitucional de Moçambique confirma vitória de Daniel Chapo

Daniel Chapo, apoiado pela Frelimo, venceu com 65,17% dos votos. Seguiu-se Venâncio Mondlane, do Podemos, com 24,19%, Ossufo Momade, da Renamo, com 6,62%, e Lutero Simango, do Movimento Democrático de Moçambique, com 4,02%.

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© MARCO LONGARI/AFP via Getty Images

Notícias ao Minuto com Lusa
23/12/2024 15:16 ‧ há 3 horas por Notícias ao Minuto com Lusa

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Moçambique

O Conselho Constitucional de Moçambique confirmou, esta segunda-feira, a vitória de Daniel Chapo, apoiado pela Frelimo, nas eleições gerais de 9 de outubro. A confirmação surge após mais de dois meses e meio de contestação no país e de protestos que vitimaram 130 pessoas.

 

"Proclama eleito Presidente da República de Moçambique o cidadão Daniel Francisco Chapo", anunciou a presidente do Conselho Constitucional, Lúcia Ribeiro, ao fim de uma hora e meia de leitura do acórdão de proclamação, em que reconheceu irregularidades no processo eleitoral, mas que "não influenciaram" o resultado final.

Segundo a agência de notícias Reuters, Daniel Chapo venceu com 65,17% dos votos. Seguiu-se Venâncio Mondlane, do Podemos, com 24,19%, Ossufo Momade, da Renamo, com 6,62%, e Lutero Simango, do Movimento Democrático de Moçambique, com 4,02%.

Recorde-se que a Comissão Nacional de Eleições (CNE) anunciou em 24 de outubro a vitória da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo, no poder), nas três eleições, incluindo do seu candidato presidencial Daniel Chapo (70,67%), resultados que necessitam de validação e proclamação pelo CC, que não é passível de recurso.

Enquanto decorria a leitura do acórdão de proclamação dos resultados, já manifestantes, apoiantes de Venâncio Mondlane, contestavam na rua, com pneus em chamas.

A proclamação destes resultados pelo CC confirma a vitória de Daniel Chapo, jurista de 47 anos, atual secretário-geral da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo, no poder), anunciada em 24 de outubro pela Comissão Nacional de Eleições (CNE), mas na altura com 70,67%.

Esse anúncio da CNE desencadeou durante praticamente dois meses violentas manifestações e paralisações, convocadas pelo candidato presidencial Venâncio Mondlane, que não os reconhecia, provocando pelo menos 130 mortos em confrontos com a polícia.

Venâncio Mondlane, apoiado pelo Partido Optimista para o Desenvolvimento de Moçambique (Podemos, extraparlamentar), tinha ficado em segundo lugar, com 20,32%, segundo o anúncio anterior da CNE.

Seguiu-se Ossufo Momade, presidente da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), até agora maior partido da oposição, com 403.591 votos (5,81%), seguido de Lutero Simango, presidente do Movimento Democrático de Moçambique (MDM, terceiro partido parlamentar), com 223.066 votos (3,21%).

As eleições gerais de 9 de outubro incluíram as sétimas presidenciais - às quais já não concorreu o atual chefe de Estado, Filipe Nyusi, que atingiu o limite de dois mandatos - em simultâneo com legislativas e para assembleias e governadores provinciais.

[Notícia atualizada às 15h31]

Leia Também: Subiu para 120 o número de mortos pelo ciclone Chido em Moçambique

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