Jorge Martín, porta-voz da Guardia Civil, deu ao início desta noite em Totalán, Espanha, uma conferência de imprensa com os detalhes mais recentes sobre o resgate de Julen, o menino de dois anos e meio que no passado dia 13 de janeiro caiu num poço.
Durante a tarde desta sexta-feira, as operações de escavações e resgate decorreram "de forma muito favorável", explicou.
Nesta fase, escavaram-se 3,35 metros dos últimos quatro metros que faltam para chegar ao local onde se acredita que estará Julen. Faltam, portanto 65 centímetros para escavar até chegar à tal bolsa de ar onde estará a criança.
Estes últimos 65 centímetros, porém, trouxeram novo obstáculo, um de "extrema dureza", salientou Jorge Martín em referência à rocha que obrigou a preparar uma quarta explosão de pequenas dimensões.
Esta explosão, explicou, embora tenha características semelhantes a outras três feitas nos últimos dias, tem de ser particularmente cuidadosa porque implica "extrema precisão" dada a proximidade do local onde se acredita que esteja o menino.
Esta última etapa, implica a ajuda de três topógrafos, profissionais que estão a analisar o terreno para ter a certeza de que a operação decorre nas melhores condições, justificou Jorge Martín.
No túnel trabalham, ainda, quatro elementos em particular da Guardia Civil especialistas não só em espeleologia e resgates de montanha, mas também em minas e armadilhas. São mais quatro elementos a juntarem-se aos operacionais que estão a levar a cabo, no subsolo, o resgate.
O porta-voz desta autoridade revelou que estes novos elementos da Guardia Civil chegaram de helicóptero, "de urgência", perante os desafios que o resgate tem implicado, para se juntar aos restantes operacionais.
"Será a Guardia Civil" a retirar Julen, destacou.
O menino caiu num poço de cem metros de profundidade e 25 centímetros de diâmetro. Não há sinais de vida mas ao longo dos dias os responsáveis no terreno salientaram repetidas vezes que continuavam a trabalhar mantendo esse horizonte de esperança.