Noruega constrói túnel flutuante submerso para atravessar fiordes

O governo norueguês estima que poderá reduzir o tempo de viagem para metade.

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© Norwegian Public Roads Administration

Sara Gouveia
28/02/2019 13:37 ‧ 28/02/2019 por Sara Gouveia

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Construção

Apesar dos glaciares majestosos, rios, lagos de um lado e montanhas e cascatas do outro que fazem da paisagem dos fiordes da Noruega uma das mais encantadoras, essa vista vem tem um preço. A maior parte dos países da costa escandinava tem mais de mil fiordes a cobrir a sua costa oeste, o que faz com que a mais simples das viagens se torne longa e cansativa.

Os condutores que queiram ir de carro pela Autoestrada E39 da cidade de Trondheim no norte para Kristiansand no sul, têm de suportar 21 horas de carro e sete ferries ao longo do caminho.

No entanto, o governo norueguês criou um plano para reduzir em metade o tempo dessa viagem e para ser feita apenas de carro, sem necessidade do uso do ferry.

A ideia é construir o primeiro túnel flutuante submerso do mundo. O projeto da infraestrutura no valor de 35 mil milhões de euros pretende construir uma série de pontes por cima dos fiordes e um túnel de 27 metros de comprimento, 400 metros de profundidade e aparafusado diretamente no fundo do mar.

O gerente do projeto, Kjersti Kvalheim Dunham, disse em declarações à ABC News que "a rota E39 é a rota chave para a Noruega". "A melhoria do transporte vai melhorar o bem-estar das populações, permitir mais exportação e aumentar o turismo", referiu.

O túnel será construído num fiorde a mais de 1.400 metros de profundidade, sendo o plano construí-lo fundo o suficiente para que os navios possam passar de forma segura por cima, mas não o suficiente que não permita a passagem de submarinos. A profundidade do túnel vai garantir ainda que não há influência dos ventos e correntes e garantir uma condução suave.

De momento ainda estão a ser feitos "simulações e medições detalhadas sobre a velocidade dos ventos, corrente, deslizamentos de terra subaquáticos, geologia do fundo do mar, entre outros", para garantir que os planos e o túnel é construído para um "ambiente de mundo real", referiu Arianna Minoretti, a engenheira-chefe da Administração de Infraestruturas norueguesa.

Estão também a ser feitos testas para entender o que é que aconteceria à estrutura do túnel caso, por exemplo, uma carrinha com carga inflamável explodisse no interior. E os primeiros resultados apontam para que a pressão da água que rodeia os túneis reduziria os danos causados.

O túnel vai ser composto por dois tubos, um para cada direção e até agora apenas 10% foi completo. A rota completa só vai estar terminada por completo em 2025.

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