De acordo com as primeiras informações, sentiu-se uma "grande explosão" seguida de um ataque armado que fez pelo menos nove feridos.
O porta-voz do Ministério da Saúde, Wahid Mayar, disse que se desconhece a identidade e a nacionalidade dos feridos.
Segundo o porta-voz da polícia, Basir Mujahid, o ataque atingiu as instalações da organização Couenterpart International, que ficam situadas na zona onde funciona a Procuradoria, no centro de Cabul.
"Após a primeira explosão -- relativamente forte -- um grupo de atacantes armados em número ainda não determinado entrou no recinto da organização e tomou posições", acrescentou Mujahid.
A mesma fonte disse que a explosão ocorreu às 11:45 (07:15 em Lisboa) sendo que as autoridades já bloquearam o acesso à zona e destacaram elementos das forças de segurança que retiraram do local 150 empregados da Counterpart International.
"As forças especiais evacuaram o primeiro piso do edifício da organização não governamental (ONG) e estão a tentar fazer o mesmo no resto das instalações. Há alguns tiroteios esporádicos", disse ainda o responsável policial.
O porta-voz dos talibãs, Zabihullah Mujahid, reivindicou o ataque através de um comunicado em que acusa a "ONG norte-americana" de ter sido criada pela Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento (USAID) e de estar envolvida "em várias atividades ocidentais destrutivas".
O comunicado refere também que a Counterpart International está a levar a cabo "um perigoso programa chamado 'Angel' que tem como objetivo promover as relações entre homens e mulheres e prestar formação no sentido de promover a "ideologia anti-islâmica" através da implementação da "cultura ocidental".
Este ataque ocorre um mês depois de as forças do mullah Haibatullah terem anunciado o incremento das operações militares, coincidindo com a melhoria das condições meteorológicas e apesar de terem decorrido contactos negociais com representantes dos Estados Unidos e os talibãs.
Na semana passada, cerca de 3.200 líderes tribais, políticos e cidadãos influentes reuniram-se em Cabul para analisar a possibilidade de negociações de paz com os talibãs tendo defendido um cessar-fogo e o "diálogo entre afegãos".
A guerra no Afeganistão, que começou em 2001 com a invasão dos Estados Unidos, encontra-se neste momento num período particularmente violento.
Atualmente, o governo afegão controla cerca de 55% do território e os talibãs quase 11% enquanto que o resto do país está a ser disputado, segundo os dados do inspetor geral para a Reconstrução do Afeganistão (SIGAR), do Congresso dos Estados Unidos.
