O homem acusado de ter matado 51 pessoas em duas mesquitas de Christchurch, na Nova Zelândia, foi acusado esta terça-feira de terrorismo. Segundo a polícia neozelandesa, informou em comunicado, Brenton Tarrant foi acusado de "ter cometido um ato terrorista".
O atacante já tinha sido acusado de 51 crimes de homicídio e de 40 crimes de tentativa de homicídio, depois dos ataques de 15 de março. O homem de nacionalidade australiana deverá comparecer novamente em tribunal no próximo mês de junho.
No entanto, conta a BBC, há um debate a decorrer no país sobre a decisão de tratar o caso sob as leis de anti-terrorismo, pois poderá arrastar qualquer julgamento e potencialmente fornecer uma plataforma para visões extremistas.
O ataque foi um dos mais mortíferos da história da Nova Zelândia e originou um consenso entre os deputados num espaço de semanas para que fossem banidas as armas semi-automáticas de tipo militar no país de forma a prevenir que algo do género se voltasse a repetir.
Recorde-se que o autoproclamado supremacista branco deixou um manifesto a explicar as suas intenções antes do ataque e transmitiu em direto nas redes sociais as imagens do tiroteio que levou a cabo dentro das duas mesquitas, onde se encontravam adultos e crianças.