E como se votou lá fora? Assim foi esta noite de Europeias
Este domingo ficam fechadas as escolhas dos cidadãos da União Europeia para o Parlamento Europeu.
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Mundo Eleições
Este domingo decorreu aquela que é a maior votação democrática do mundo ocidental. São mais de 400 milhões de europeus com direito a votar.
O dia de hoje marcou o quarto e último dia de eleições para escolher os novos representantes no Parlamento Europeu.
Foi na passada quinta-feira que se começou a votar na União Europeia mas a maioria dos 28 países fez hoje as suas escolhas. É o caso de Portugal e de outras 20 nações. O Reino Unido, perante sucessivos adiamentos do Brexit, está também nesta disputa eleitoral.
Em causa estão um total de 751 assentos em Estrasburgo.
Como se votou por essa Europa fora? O Notícias ao Minuto acompanhou esta noite eleitoral no Velho Continente ao pormenor.
00h45 - É complexo e diversificado, o novo 'xadrez' europeu. A extrema-direita cresceu mas com menos força do que se esperava. Os ambientalistas serão dos principais vencedores numa noite em que os partidos tradicionais da Europa viram o bipartidarismo habitual de Estrasburgo ser abalado.
00h35 - Ainda há resultados a chegar do Reino Unido mas há uma tendência que se nota: o Partido do Brexit, criado para este evento, sai claramente vencedor, tendo indo buscar muito eleitorado aos conservadores. Poucos dias após anunciar a sua renúncia, o partido de Theresa May enfrenta um resultado historicamente mau. Os liberais surgem em segundo, com números de relevo, deixando os trabalhistas no terceiro lugar.
00h20 - Os conservadores croatas, que integram o PPE e estão no poder na Croácia, saíram vencedores destas eleições mas sem grande vantagem: levam para Estrasburgo o mesmo número de deputados que os sociais-democratas locais.
00h10 - Os Socialistas Europeus devem ser "humildes" e reconhecer que perderam 'peso' em Estrasburgo. Agora é hora de trabalhar em busca de uma "aliança progressista" que defina a agenda europeia nos próximos cinco anos. Palavras de Frans Timmermans, figura de proa dos socialistas a nível europeu nestas eleições.
23h50 - O Partido Popular Europeu (PPE) é o líder desta noite mas com uma vitória com o seu 'quê' de Pirro. São 39 dos 751 lugares de Estrasburgo que terão sido perdidos. É um 'status quo' que é afetado.
23h40 - O PSOE do socialista Pedro Sánchez confirmou-se como um dos grandes vencedores da noite, quer europeia quer espanhola.
23h35 - Na República Checa, o partido populista Aliança dos Cidadãos Descontentes, do primeiro-ministro checo Andrej Babis, saiu vencedor apesar das suspeitas de fraude com fundos europeus, com 21,2% dos votos.
23h30 - É oficial: A taxa de participação nestas eleições na União Europeia é de 50,5%. É a mais alta dos últimos 20 anos. Portugal surge aqui claramente no ciclo inverso.
23h25 - A noite vitoriosa do chanceler da Áustria, Sebastian Kurz, não chega sem 'dores de cabeça'. O partido de Sebastian Kurz sai reforçado das eleições europeias, conquistando mais de 34% dos votos e superando os números apontados pelas sondagens. Mas enfrenta esta segunda-feira uma moção de censura.
23h20 - O Partido do Brexit, de Nigel Farage, que se candidatou ao Parlamento Europeu com a esperança de o abandonar o quanto antes, já começou a confirmar o que se esperava: os primeiros eurodeputados estão eleitos.
22h50 - No Reino Unido houve votos, à falta do Brexit. O partido Brexit, criado só para esta matéria, terá roubado eleitorado aos conservadores. Curiosamente, houve partidários do Brexit que se recusaram a votar neste partido e no Ukip. O The Guardian dá conta de vários boletins rasurados com mensagens como "já votámos isto", "Brexit já" e "precisamos do Brexit". Ou seja, são partidários do Brexit, mas não apoiam nenhum partido pró-Brexit.
Há ainda outro caso curioso britânico: um eleitor escreveu um insulto "wank", em todas as hipóteses de voto, exceto na dos ecologistas (onde escreveu 'not wank'). A comissão eleitoral local aceitou como voto válido.
22h40 - Na Grécia, o primeiro-ministro grego Alexis Tsipras anunciou que vai apelar à realização de eleições legislativas antecipadas "imediatamente" após a segunda volta das municipais, a 2 de junho, após os maus resultados obtidos pelo Syriza no escrutínio europeu
22h25 - Salvini, o ministro do Interior de Itália e líder da extrema-direita local, saiu vencedor destas Europeias mas com um resultado que terá sido abaixo do que previam as sondagens.
22h - Na Grécia o Syriza saiu em segundo lugar das eleições Europeias. O partido Nova Democracia aproveitou a vitória para pedir eleições antecipadas. A Reuters sugeria que este é um cenário possível. Entretanto, Alexis Tsipras admite que não pode ignorar resultados. Era em outubro que estava previsto os gregos voltarem às urnas mas tal poderá mesmo suceder mais cedo.
21h55 - Notícias do rescaldo: Na Alemanha a coligação no poder sai fragilizada e pressionada pela subida dos Verdes.
21h10 - O primeiro-ministro da Suécia tem razões para sorrir. O Partido Social Democrata sueco, no poder, venceu, deixando os conservadores em segundo lugar, segundo as sondagens à saída das urnas.
Lá fora os resultados de Portugal são já referidos, com a vitória das socialistas. Mas a surpresa referida é o PAN, que 'fintou' sondagens e está a caminho de Estrasburgo, depois de se ter estreado no Parlamento português em 2015. O The Guardian é um dos meios que refere o 'salto' eleitoral do PAN nas Europeias em Portugal.
Portugal: Green party PAN (Greens/EFA) entering European Parliament comes as a surprise as no pollster and no projection predicted this. #EP2019 #Europawahl2019 #EUElections2019
— Europe Elects (@EuropeElects) May 26, 2019
20h45 - Chamaram-lhe um 'super domingo', em Espanha, por conta de não um, nem duas, mas três eleições. Em todas o PSOE surge em vantagem.
20h40 - Na Roménia, que elege 32 deputados para o Parlamento europeu, as projeções apontam para forte recuo dos sociais-democratas no poder.
20h35 - O partido conservador nacionalista no poder na Polónia, Lei e Justiça (PiS), venceu as eleições europeias de hoje com 42,4%. Em segundo lugar, com 39,1%, fica a Coligação Europeia (KE), apontam as projeções.
20h30 - Da Europa chegam sinais de novidades de relevo. É uma hegemonia que em breve deixará de o ser. Socialistas e PPE, os dois habituais 'pesos-pesados' em Estrasburgo, perdem força. Em sentido inverso, os liberais, liderados por Guy Verhofstadt, e o partido de Emmanuel Macron, podem formar força política ao centro que poderá vir a conseguir cerca de uma centena de assentos parlamentares. Será a chegada de um terceiro 'peso-pesado'?
20h15 - Conservadores e sociais-democratas lideram votação na Finlândia numa altura em que surgem apenas resultados parciais.
20h10 - A nível europeu surge já a primeira estimativa. O PPE surge a liderar mas poderá ter perdido cerca de 40 lugares. Mais pormenores aqui.
20h - Por cá, tudo aponta para vitória do PS, um reforço do Bloco de Esquerda e uma surpresa com o PAN. Acompanhe as Europeias em Portugal ao minuto aqui.
19h50 - A participação nestas eleições a nível europeu terá sido a maior em duas décadas. Já Portugal contrariou a tendência, com valor alto de abstenção.
19h50 - O Partido Social Democrata é apontado como o vencedor na Dinamarca, com o Partido Liberal, do primeiro-ministro, Lars Løkke Rasmussen, surge na segunda posição
19h30 - O germânico Zeit analisou os padrões de eleições recentes em mais de 80 mil regiões na Europa. O resultado é um mapa interativo impressionante, com variações cromáticas, da extrema-esquerda à extrema-direita. Pode espreitar clicando aqui.
Marine Le Pen, a líder da extrema-direita francesa, discursou falando de um "movimento alternativo" que cresce.
« Les Français ont placé la liste du RN conduite par @J_Bardella en tête des élections #Européennes2019. J'y vois #LaVictoireDuPeuple qui, avec fierté et dignité, a repris ce soir le pouvoir.Un grand mouvement pour l'alternance est né. » pic.twitter.com/i7tXnKLoMB
— Marine Le Pen (@MLP_officiel) May 26, 2019
19h20 - Na França, Marine Le Pen terá saído vencedora. A Reuters aponta para a eleição de 24 eurodeputados por parte dos nacionalistas, mais um do que o partido de Emmanuel Macron.
19h15 - Da Hungria já chegam as primeiras projeções. O partido nacionalista Fidesz, do primeiro-ministro Viktor Orbán, terá vencido as eleições europeias com cerca de 55% dos votos.
19h10 - Na Croácia, o partido nacionalista conservador HDA terá vencido as eleições europeias com 23,43% dos votos, seguido dos sociais-democratas na oposição (SDP), que terão tido 18,38%
18h50 - Também já há projeções na Bulgária, projeções essas que apontam para uma vitória do partido conservador populista no poder.
18h40 - Na Holanda poderá ter havido surpresa, com os trabalhistas locais, encabeçados por Frans Timmermans, a surgirem na liderança, deixando os nacionalistas em quarto.
18h - As sondagens à saída das urnas na Grécia apontam para uma vitória dos conservadores, com o partido no poder, o Syriza, a surgir em segundo lugar.
Houve protestos em Bruxelas, motivados pelo movimento dos coletes amarelos. Houve confrontos com a polícia e detenções. Imagem da Reuters mostra o momento de uma das detenções.
[Detenção de manifestante em protesto em Bruxelas neste domingo de eleições]© Reuters
17h50 - Mais a sul do Velho Continente também já há projeções, nomeadamente no Chipre. O partido de direita do Presidente cipriota Nicos Anastasiades, o DISY, venceu mas com o partido comunista AKEL a registar uma percentagem muito próxima, indicam as sondagens à boca das urnas no Chipre.
17h40 - Não é só em Portugal que houve apelos contra a abstenção. Em França, uma pequena cidade nos arredores de país destacou-se entre os abstencionistas em 2014. Cinco anos depois, a autarca da cidade tem esperança em mudar o cenário. É uma questão de "dever republicano. E parece estar a dar resultado, já que a abstenção está a baixar nesta votação.
17h35 - Apesar das dúvidas levantadas, Angela Merkel terá conseguido nova vitória na Alemanha, isto apesar de os números não serem tão promissores, quando comparado com 2014. À boca das urnas, a CDU de Merkel vence, com os Verdes a subirem a segundo partido. Com estes números na Alemanha, as atenções viram-se agora para outro 'peso-pesado' europeu, A França.
17h28 - Na Bélgica as sondagens à boca das urnas apontam para subida de ecologistas e da extrema-direita local.
17h01 - Na Áustria as urnas acabam de fechar e os conservadores no poder deverão sair vencedores, segundo sondagem à boca das urnas. O caso de corrupção em que se viu envolta a extrema-direita local poderá ter custado um dos cinco assentos parlamentares do FPÖ. Esta votação poderá dar força ao chanceler Sebastian Kurz, que assim 'descola' precisamente do FPÖ, com quem se coligou.
15h - Em Espanha este domingo é dia também de votar também nas eleições municipais e regionais, para além das Europeias. 'À boleia' das autárquicas, Europeias em Espanha veem abstenção descer.
[As Europeias são a eleição democrática de maior dimensão do mundo Ocidental]© Reuters
Quem já tinha votado.
Na quinta-feira, dia 23, a Holanda e o Reino Unido foram os primeiros Estados-membros a votar.
Na sexta-feira, dia 24, foi a vez a Irlanda e da República Checa, onde o voto se prolonga por dois dias.
Letónia, Malta e Eslováquia votaram este sábado e os restantes membros da União Europeia votaram este domingo, dia em que se irão conhecer a totalidade dos resultados.
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