Apreendidos 39 quilos de droga em 2018 em São Tomé e Príncipe
A Polícia Judiciária (PJ) são-tomense apreendeu em 2018 23 quilos de cocaína, quatro de heroína e 12 quilos de Liamba em operações de combate ao tráfico e consumo de drogas, indica um estudo que a Lusa teve acesso.
© Lusa
Mundo Droga
O documento, mandado elaborar pelo Ministério da Justiça, Direitos Humanos e Administração Publica, refere o envolvimento nos crimes de cidadãos com idades entre 22 e 62 anos, nacionais e estrangeiros e de ambos os sexos. A maioria desses cidadãos foi detida no aeroporto de São Tomé, uns em trânsito e outros que pretendiam entrar no país.
Fonte da PJ disse à Lusa que "os cidadãos implicados no tráfico de droga estão detidos", estando os processos a "decorrer os seus termos nas instâncias judiciais".
O estudo alerta ainda para o perigo que esses números representam para o pequeno país, em matéria de tráfico e consumo de droga e revela igualmente o que considera como "exagero no consumo de bebidas alcoólicas quer pelos adolescentes, jovens, homens e mulheres".
A ministra da Justiça, Direitos Humanos e Administração Publica, Ivete Correia, numa palestra realizada a 26 deste mês para assinalar o dia internacional de combate ao uso, abuso e trafico de estupefacientes, referiu a necessidade de se dar "uma atenção muito especial" ao problema da droga no seu país.
"São Tomé e Príncipe é um país em que a maioria da população tem menos de 35 anos, representando 78,9%. Daí que uma atenção muito especial deve ser dada para garantir um futuro melhor dos nossos jovens", referiu a ministra a governante.
O Governo considera a situação "grave" e anunciou, por isso, algumas medidas para a prevenção e combate ao trafico e consumo de drogas.
"Elaborar um plano estratégico nacional de combate ao tráfico e consumo de drogas, criar uma direção-geral de combate e prevenção a criminalidade", anunciou a ministra da Justiça, Direitos Humanos e Administração Pública, apontando as áreas de atuação: violência doméstica, prevenção e combate ao álcool e outras drogas ilícitas.
Segundo Ivete Correia, o executivo considera necessário que se deve "prestar uma atenção muito especial às crianças e jovens no que concerne a educação e orientação", defendendo que a família deve desempenhar um "papel importantíssimo na transmissão dos valores éticos e morais".
O estudo lembra que o tráfico e uso de drogas "pode deixar graves sequelas ao longo prazo", sustentando que o "consumo de drogas licitas e ilícitas acontece devido a diversos fatores, designadamente "problemas familiares sociais, falta do primeiro emprego, falta da autoestima, influência dos grupos de pares e curiosidade em experimentar".
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