Os novos líderes islamitas têm vindo a frisar a necessidade de realizar este tipo de conferência desde a deposição do Presidente Bashar al-Assad, a 08 de dezembro, por uma coligação de grupos rebeldes.
Durante uma visita à Jordânia, o chefe da diplomacia síria afirmou que as autoridades de transição tentaram organizar uma conferência no início de janeiro, mas decidiram formar primeiro "uma comissão alargada" que se deverá reunir numa data não especificada.
Esta comissão deverá incluir "homens e mulheres" capazes de "representar plenamente o povo sírio" em "todos os segmentos da sociedade e das províncias sírias", acrescentou o ministro.
Os novos dirigentes têm tentado assegurar à população síria e à comunidade internacional que os direitos das minorias serão respeitados neste país multiétnico e multiconfessional.
"Estamos na Síria, um país de diversidade, e podemos ver esta diversidade como uma oportunidade e uma força, ou como um problema", disse al-Chibani.
"Se encararmos isto como uma oportunidade, podemos aproveitar a participação de todos na construção deste país", reiterou o ministro sírio, acrescentando que a futura conferência deve "representar a vontade do povo" e constituir "a pedra angular da futura Síria".
Os dirigentes ocidentais que têm visitado Damasco desde a chegada ao poder da coligação de grupos rebeldes liderada pela Organização de Libertação do Levante (Hayat Tahrir al Sham - HTS, em árabe), que inclui o antigo ramo sírio da Al-Qaida, têm insistido ser necessário que transição seja inclusiva e pacífica.
Em dezembro, o líder do HTS, Ahmad al-Charaa, anteriormente conhecido pelo nome de guerra Abu Mohammad al-Jolani, declarou à estação de televisão saudita Al-Arabiya que o grupo anunciaria a sua dissolução "na conferência de diálogo nacional".
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