UNICEF alerta para risco de doenças nas crianças Rohingyias no Bangladesh

Milhares de crianças nos campos de refugiados Rohingya e nas comunidades de acolhimento em Cox's Bazar, no Bangladesh, estão em risco devido às inundações e deslizamentos de terra causados pelas fortes chuvas dos últimos dias, anunciou a UNICEF.

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Lusa
10/07/2019 15:33 ‧ 10/07/2019 por Lusa

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Refugiados

 

A agência das Nações Unidas alertou, através de um comunicado de imprensa, para a situação "particularmente importante", adiantado que mais de 4.000 famílias foram afetadas, muitas a serem transferidas para "áreas mais seguras".

"As condições nos campos e comunidades de acolhimento estão a deteriorar-se muito rapidamente devido ao clima e às necessidades humanitárias que se vão agravar nos próximos dias com mais aguaceiros", revelou o representante da UNICEF no Bangladesh, Alain Balandi Domsam.

Segundo o comunicado, uma criança de sete anos afogou-se e duas outras ficaram feridas.

A UNICEF acrescentou que as consequências incluem danos em centenas de "centros de aprendizagem infantil", deixando mais de 60.000 crianças sem aulas, e pelo menos 12 Centros de Proteção Infantil foram danificados e um parque infantil ficou completamente submerso pelas fortes chuvas.

As chuvas também afetaram pelo menos 47 postos de distribuição de água e mais de 600 latrinas, o que implica o aumento do risco de diarreia aguda, doença "à qual as crianças são especialmente vulneráveis", lê-se no comunicado.

"À medida que as chuvas continuam, também aumenta o risco de condições insalubres, e as pessoas afetadas, especialmente as crianças, podem ficar contaminadas com doenças transmitidas pela água", disse Berta Travieso, chefe interina do escritório da UNICEF em Cox's Bazar.

De acordo com os dados da UNICEF, mais de 500.000 crianças Rohingya necessitam de ajuda humanitária em Cox's Bazar.

Domsam anunciou que, em conjunto com os seus parceiros, a UNICEF aumentou a "distribuição de artigos essenciais, nomeadamente pastilhas de purificação de água e lonas, para crianças e as famílias", e também disponibilizou várias equipas médicas para se deslocarem, "se necessário", aos campos e acompanharem a evolução das crianças e progenitoras.

A ajuda inclui a reparação dos centros educativos e a instalação das infraestruturas de água e saneamento.

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