Fechou votação para sucessor de May. Resultado só será anunciado amanhã

O prazo para os membros do Partido Conservador britânico votarem no novo líder, eleição disputada entre Jeremy Hunt e Boris Johnson, terminou às 17:00 locais (mesma hora em Lisboa), mas o vencedor só será anunciado na terça-feira de manhã.

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Lusa
22/07/2019 17:29 ‧ 22/07/2019 por Lusa

Mundo

Reino Unido

Os cerca de 160 mil membros do partido tiveram oportunidade de escolher um sucessor para Theresa May, que renunciou às funções de chefe do partido a 07 junho devido ao impasse com o 'Brexit, através de voto postal, cuja contagem deverá ser feita nas próximas horas.

Esta foi a eleição interna do partido Conservador com maior número de candidatos, tendo os iniciais dez sido reduzidos a dois finalistas graças a uma sucessão de votações restritas aos deputados do partido Conservador, todas ganhas com grande margem por Boris Johnson.

Boris Johnson, de 55 anos, é, por isso, o favorito para ganhar também o voto dos militantes de base, cujo anúncio desencadeará a demissão, na quarta-feira à tarde, da primeira-ministra, para dar lugar ao sucessor.

'BoJo', como é conhecido, protagonizou a campanha para a saída do Reino Unido da União Europeia (UE) no referendo de 2016 e tem sido um dos críticos mais proeminentes da estratégia do governo para o 'Brexit', tendo prometido aplicar a saída até ao prazo de 31 de outubro.

"Querer é poder", repetiu várias vezes durante a campanha, durante a qual se comprometeu a negociar alterações ao acordo de saída negociado por May com Bruxelas, substituindo a solução para a Irlanda do Norte por alternativas tecnológicas.

Hoje, invocando o 50.º aniversário da viagem de astronautas norte-americanos à Lua, escreveu na coluna mensal no jornal Daily Telegraph: "Se eles conseguiram usar programação de computador tricotada à mão para conseguir uma reentrada sem atritos na atmosfera da Terra em 1969, nós podemos resolver o problema de comércio sem atritos na fronteira da Irlanda do Norte".

Boris Johnson admite uma saída sem acordo a 31 de outubro, mas terá dificuldade em conseguir fazer passar esta hipótese no parlamento devido à divergência dos partidos da oposição e também de vários deputados do próprio partido Conservador, que atualmente só tem uma maioria de três deputados.

Hoje, o antigo secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros Alan Duncan anunciou a demissão, a qual deverá desencadear mais demissões, nomeadamente do ministro das Finanças, e do ministro da Justiça, David Gauke, que não descartaram votar numa moção de censura para derrubar o governo para impedir uma saída sem acordo.

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