Em carta dirigida ao presidente do Parlamento Europeu, David Maria Sassoli, Erdán criticou a possibilidade dada a Barakat, membro da Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP), que é considerada uma organização terrorista pela União Europeia, pelos Estados Unidos, pelo Canadá e por Israel.
Barakat, escritor e jornalista palestiniano e membro da organização não-governamental pró-palestiniana Samidoun, deslocou-se ao Parlamento Europeu no dia 10 de julho, na companhia de outros ativistas, convidados por Pineda, eurodeputado eleito pelo partido Esquerda Unida.
Um dos temas centrais da intervenção de Barakat foi a "perseguição" que lhe é feita por governos europeus, "empurrados pelo israelita", e "o que isso representa para a liberdade de expressão".
Na sua missiva, Erdán instou Sassoli a condenar o que considerou a exploração do Parlamento Europeu e assinalou que Pineda já tinha expressado o seu apoio à FPLP no passado e conhecia os vínculos de Barakat com a organização.
Por outro lado, o ministro israelita insistiu com Sassoli para que "não se repitam acontecimentos infelizes, como este", considerando ainda que "o Parlamento Europeu não deve ser uma plataforma para terroristas", referindo-se a Barakat, que foi proibido recentemente de falar num evento politico na Alemanha, pelos seus laços com organizações consideradas terroristas pelas autoridades alemãs.
Um dos pontos em que mais insistiu o ministro israelita foi o apoio de Barakat e da Samidoun ao movimento que promove a campanha Boicote, Desinvestimento e Sanções contra Israel, enquanto durar a ocupação israelita dos territórios palestinianos.