"Confiar nos Estados Unidos para obter a independência e rejeitar a reunificação com armas são táticas condenadas ao fracasso", advertiu o porta-voz do Ministério da Defesa chinês, Zhang Xiaogang, em conferência de imprensa.
"O Exército de Libertação Popular (ELP) reforçará o seu treino militar e a sua preparação para a guerra, aumentará a sua capacidade de vencer e esmagará resolutamente quaisquer tentativas de secessão e de interferência de forças externas", acrescentou, instando Washington a respeitar o princípio de 'Uma só China'.
"Apelamos aos Estados Unidos para que apliquem efetivamente o seu compromisso de não apoiar a independência de Taiwan, deixem imediatamente de armar Taiwan e ponham termo a ações perigosas que minam a paz e a estabilidade no Estreito de Taiwan", disse o porta-voz.
Taiwan recebeu um primeiro lote de 38 tanques M1A2T dos Estados Unidos este mês, marcando a primeira vez que Washington envia esse tipo de armamento para a ilha em 30 anos.
Em julho de 2019, sob a administração do ex-presidente (2017-2021) e atual presidente eleito Donald Trump, o Departamento de Estado dos EUA aprovou a venda de 108 tanques M1A2T para Taiwan por um valor estimado de dois mil milhões de dólares (1,9 mil milhões de euros), marcando a terceira maior venda de armas para a ilha durante o mandato do republicano.
De acordo com o calendário de entregas do Ministério da Defesa de Taiwan, os EUA enviarão 42 tanques M1A2T em 2025 e outros 28 em 2026, que farão parte do Sexto Comando do Exército de Taiwan, responsável pela defesa do norte da ilha.
A primeira entrega coincidiu com o aumento da atividade militar da China em torno de Taiwan, uma ilha cuja soberania Pequim reivindica e para cuja "reunificação" não exclui o recurso à força.
Taiwan funciona como uma entidade política soberana desde que o antigo governo nacionalista (Kuomintang) se refugiou na ilha, depois de a guerra civil chinesa ter acabado, com a vitória do Partido Comunista da China, em 1949.
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