Numa carta enviada a Mueller, a que agência de notícias Efe teve acesso, o Departamento de Justiça apelou ao ex-procurador que não avance com novos detalhes sobre a sua investigação quando testemunhar, esta quarta-feira, perante vários comités do Congresso.
No relatório de investigação de mais de 400 páginas, Mueller detalhou os vários contactos estabelecidos entre Moscovo e a equipa de campanha do agora Presidente dos Estados Unidos, mas concluiu não ter provas suficientes para acusar criminalmente Donald Trump.
Robert Mueller relatou, contudo, pressões perturbadoras na sua investigação efetuadas pelo Presidente norte-americano.
De acordo com a Efe, o Departamento de Justiça pediu a Mueller que mantivesse o seu testemunho "dentro dos limites" do relatório já divulgado, que inclui partes que foram censuradas por conterem informações relacionadas a processos judiciais ainda pendentes.
Os democratas pediram a Mueller para testemunhar no Congresso porque esperam que a investigação sobre o alegado conluio tenha um maior impacto na opinião pública, já que vai ser transmitido ao vivo na rádio e na televisão.
Por outro lado, os republicanos esperam desacreditar Mueller e provar que as suas investigações foram uma "caça às bruxas", como já descreveu Trump.