Após várias rondas de votações os últimos dois candidatos a suceder a Theresa May são Boris Johnson e Jeremy Hunt. Um dos dois será conhecido, esta terça-feira, como o vencedor da corrida à liderança do partido Conservador e tornar-se-à oficialmente o novo primeiro-ministro britânico.
A última volta de votações foi aberta aos membros do partido e depois de 160 mil boletins de voto postal entregues, o prazo terminou às 17h (mesma hora em Lisboa) de segunda-feira.
Theresa May, que renunciou às funções de chefe do partido a 7 junho devido ao impasse com o Brexit, vai presidir à sua última reunião de gabinete esta manhã.
Depois de duas semanas e meia de votações dos afiliados Conservadores e após uma contagem noturna, o vencedor será anunciado na manhã desta terça-feira pelas 11h40 e fará depois o primeiro discurso.
A declaração do vencedor marca o final de uma batalha de um mês entre Johnson e Hunt que contou com um debate televisivo, 16 arruadas ao longo do Reino Unido e várias entrevistas.
Boris Johnson é apontado como favorito© Reuters
Na quarta-feira à tarde, Theresa May será recebida pela Rainha Isabel II a quem irá entregar oficialmente o pedido de demissão para dar lugar ao sucessor. Pouco depois o lugar vai ser assumido pelo novo líder dos Conservadores, após uma audiência no Palácio de Buckingham, onde Sua Majestade lhe fará o convite para formar um novo governo.
Boris Johnson, de 55 anos, é o favorito para ganhar o voto dos militantes de base, depois de ter ganho sempre com grande margem as votações restritas aos deputados.
Jeremy Hunt quer "alterações profundas" ao acordo para o Brexit© Reuters
Conhecido por ter protagonizado a campanha para a saída do Reino Unido da União Europeia (UE) no referendo de 2016, tem sido um dos críticos mais proeminentes da estratégia do governo para o Brexit, tendo prometido aplicar a saída até ao prazo de 31 de outubro. Johnson admite uma saída sem acordo a 31 de outubro, mas terá dificuldade em conseguir fazer passar esta hipótese no parlamento devido à divergência dos partidos da oposição e também de vários deputados do próprio partido Conservador, que atualmente só tem uma maioria de três deputados.