As primeiras palavras de Boris Johnson como primeiro-ministro britânico foram um tributo à “resiliência e paciência” da sua predecessora, Theresa May, mas deixando o aviso: se os “pessimistas” pensam que o Reino Unido é incapaz de abandonar o bloco europeu, estão enganados.
"Estou aqui perante vós para dizer que os críticos e os pessimistas estão errados. Vamos repôr a confiança na nossa democracia", vaticinou o líder conservador. "Vamos sair a 31 de outubro, sem 'ses' e sem 'mas'. Vamos fazer um novo acordo e um acordo melhor", acrescentou.
"O povo britânico está cansado de esperar. É tempo de agir", promete, num discurso enérgico, onde fez referência a vários tópicos, pouco depois de ser formalmente indigitado pela Rainha Isabel II no Palácio de Buckingham.
Garantindo que o povo britânico é "quem manda", falou na função de garantir segurança e começou por prometer "mais 20 mil agentes de autoridade nas ruas". Outra grande promessa está relacionada com a assistência social: "Vamos resolver a crise na assistência social de uma vez por todas com um plano claro que já preparámos".
"Vou assumir total responsabilidade sobre as mudanças que quero ver", indicou o o 14.º primeiro-ministro do reinado de Isabel II.
'The awesome foursome' Boris Johnson says he doesn't want to just help London and the south east succeed but the whole of England, Scotland, Wales and Northern Ireland. For more, head here: https://t.co/zbNKmOQzch pic.twitter.com/78VSjrDCjK
— Sky News (@SkyNews) 24 de julho de 2019
Ainda sobre o Brexit, Boris Johnson recordou que o processo "foi uma decisão fundamental do povo britânico". "Queriam as suas leis redigidas por pessoas que possam eleger e retirar do poder", afirmou, terminando com um agradecimento aos cidadãos europeus. "Obrigado pela vossa contribuição para nossa sociedade. Com este governo podem contar com a certeza absoluta de que podem viver e aqui e continuar aqui".
Por outro lado, o primeiro-ministro deixa o aviso de que o Reino Unido precisa de se preparar para a "remota" possibilidade de uma saída sem acordo, mesmo deixando claro que não é a solução que idealiza.
"Para aqueles que dizem que não vamos estar preparados, eu peço que não subestimem este país", disse.
[Notícia atualizada às 16h21]