Os arguidos foram condenados a penas que variam entre os 13 e 23 anos de prisão.
Os arguidos incluíam 14 combatentes da brigada de elite Azov, que a Rússia designou como grupo terrorista, e nove mulheres que trabalhavam como cozinheiras ou pessoal de apoio, de acordo com relatos dos meios de comunicação russos e ativistas dos direitos humanos.
Todos foram acusados de encenar um golpe de Estado violento e de organizar atividades de uma organização terrorista. Alguns enfrentaram uma acusação adicional de treino para realizar atividades terroristas.
O Memorial, um importante grupo de defesa dos direitos humanos russo que ganhou o Prémio Nobel da Paz em 2022, designou todos os arguidos como prisioneiros políticos.
Segundo o Memorial, alguns deles foram capturados em 2022 durante os combates na cidade portuária de Mariupol, onde resistiram na fábrica de aço Azovstal, cercada pelas tropas russas.
Outros foram detidos enquanto tentavam sair da cidade depois de esta ter sido invadida pelas forças russas, disse o grupo.
O enviado dos direitos humanos da Ucrânia, Dmytro Lubinets, denunciou os procedimentos quando estes começaram em junho de 2023 como "outro julgamento falso" realizado para "diversão própria" da Rússia.
"'Rússia' e 'justiça justa' não têm nada em comum. O mundo deve responder a tais julgamentos vergonhosos e fraudulentos de defensores ucranianos", disse Lubinets, acrescentando que os que "deveriam estar no banco dos réus não são aqueles que se defendem, mas aqueles que iniciaram a agressão, que invadiram terras estrangeiras com armas e que chegaram com tanques ao território de um estado independente".
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