"Pergunta para as vítimas dos que morreram lá o que eles acham. Depois que eles responderem eu respondo a vocês", disse Bolsonaro ao ser questionado por jornalistas que o esperavam na saída do Palácio da Alvorada, em Brasília.
Esta foi a primeira vez que o chefe de Estado brasileiro comentou o motim que aconteceu na última segunda-feira, e deixou 57 mortos na prisão de Altamira (norte do Brasil), onde pelo menos 16 homens foram encontrados decapitados.
Segundo informações confirmadas pelas autoridades locais, a rebelião começou por volta das 7h00 (11h00 em Lisboa) quando começava a entrega do pequeno-almoço na prisão. Houve um tumulto e dois agentes prisionais chegaram a ser mantidos reféns.
Hoje o governo regional do estado do Pará informou que já transferiu 16 presos que estavam em Altamira e que são considerados líderes das facções criminosas rivais que provocaram o motim, alegadamente o Comando Classe A (CCA) e o Comando Vermelho (CV).
Após o massacre, o Gabinete de Gestão da Segurança Pública determinou a transferência imediata de 46 reclusos envolvidos no confronto.
Dez dos 16 presos identificados como líderes das fações criminosas envolvidas no motim vão para o regime federal, conforme negociações entre o governador do Pará, Helder Barbalho, e o ministro da Justiça do Brasil, Sérgio Moro.