Uma parte da província de Idlib e setores adjacentes das províncias de Alepo e Latáquia continuam dominados pelos 'jihadistas' do Hayat Tahrir al-Sham (HTS, ex-ramo sírio da Al-Qaida), estando também presentes grupos rebeldes, alguns apoiados pela Turquia.
Com a ajuda da aviação russa, as forças pró-governamentais recuperaram nos últimos dias várias localidades, continuando a ofensiva a ofensiva terrestre lançada a 08 de agosto após quatro meses de bombardeamentos quase diários.
Desde quarta-feira, as forças do regime recuperaram a importante cidade de Khan Cheikhoun e várias localidades na província de Hama, a sul, cercando um posto de observação do exército turco.
No sábado reuniram reforços em Khan Cheikhoun e visam agora a região de Maaret al-Noomane, mais a norte, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).
As duas cidades situam-se numa via que liga a capital síria, Damasco, à grande cidade do norte, Alepo, ambas controladas pelo poder de Bashar al-Assad.
Hoje, combatentes rebeldes e 'jihadistas' atacaram posições do regime no sul da região, a leste de Khan Cheikhoum, indicou o OSDH, adiantando que os combates mataram 23 dos pró-regime e 20 do outro lado, incluindo 13 'jiahdistas', além de oito outros rebeldes que se tentavam infiltrar perto do aeroporto militar de Abu Douhour, a sudoeste do seu bastião.
Segundo o OSDH, na segunda-feira, ataques aéreos pró-governamentais mataram 12 civis na região.
Desde o final de abril, os bombardeamentos do regime e do aliado russo mataram cerca de 900 civis na região de Idlib, de acordo com a mesma fonte. A ONU indicou que 400.000 pessoas tiveram de abandonar as suas casas.
Desencadeada em 2011 pela repressão pelo poder de manifestações pró-democracia, a guerra na Síria já causou mais de 370.000 mortos e milhões de deslocados e refugiados.