Amazónia: Um retrato em números

A Amazónia é a maior floresta tropical do mundo. Alguns dados para um retrato em números da região que é conhecida como o pulmão do planeta e que está a ser atingida por incêndios de grandes proporções:

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Lusa
29/08/2019 11:15 ‧ 29/08/2019 por Lusa

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Floresta

A Amazónia é a maior floresta tropical do mundo.

Eis alguns dados para um retrato em números da região que é conhecida como o pulmão do planeta e que está a ser atingida por incêndios de grandes proporções:

. A Amazónia possui a maior biodiversidade registada numa área do planeta, distribuída por 5,5 milhões de quilómetros quadrados, em territórios do Brasil, Peru, Colômbia, Venezuela, Equador, Bolívia, Guiana, Suriname e Guiana Francesa.

- A maior parte (60%) da floresta amazónica situa-se no Brasil.

- Na Amazónia vivem 10% das espécies de fauna e flora conhecidas, num cenário que constitui a maior coleção de plantas vivas e de espécies animais no mundo: 2,5 milhões de espécies de insetos, dezenas de milhares de plantas e cerca de 2.000 espécies de aves e mamíferos. O jacaré, o jaguar, o puma e a sucuri (cobra) estão entre os maiores predadores.

- Pelo menos 40.000 espécies de plantas foram classificadas até ao momento, 3.000 de peixes, 428 de anfíbios e 378 répteis.

- Nos rios da Amazónia encontram-se cerca de 85% dos peixes da América do Sul.

- Um quilómetro quadrado de floresta amazónica pode conter 90.790 toneladas métricas de plantas vivas.

- Estão registadas 438.000 espécies de plantas de interesse económico e social. Outras continuam a ser descobertas ou catalogadas.

- A Amazónia assegura 20% da água doce disponível. Produz 20% do oxigénio emitido para a atmosfera terrestre e suporta diretamente a vida de 30 milhões de pessoas.

- A vegetação da Amazónia contém cerca de 10% das reservas de carbono do mundo.

- A desflorestação aumentou 278% em julho, comparativamente ao mesmo mês de 2018, de acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) brasileiro, atingindo 2.254,8 quilómetros quadrados.

- Milhares de rios atravessam a Amazónia, onde se destaca o Amazonas, um dos mais extensos do mundo, com 6.992,06 quilómetros.

- Nos nove países que a partilham, a floresta amazónica perdeu mais de 550.000 quilómetros quadrados nos últimos 10 anos.

- O Brasil, signatário do Acordo de Paris sobre redução de emissões de gases com efeito de estufa, comprometeu-se a eliminar até 2030 a desflorestação ilegal na Amazónia e a restaurar 12 milhões de hectares de florestas degradadas.

- Dados do INPE indicam que a desflorestação da Amazónia caiu 80% entre 2004 e 2012. Foram derrubados 27.772 quilómetros quadrados da floresta amazónica dentro do território brasileiro em 2004, número que recuou para o valor mínimo histórico de 4.656 km2 em 2012.

- A maioria da floresta desmatada foi transformada em pastagens, com 70% das terras anteriormente florestadas e 91% das desmatadas desde 1970 a serem usadas para esse fim.

- Este ano, mais de 41.000 incêndios foram registados por satélites na região da Amazónia, com mais de metade a ocorrerem no mês de agosto.

- O número de incêndios no Brasil aumentou 83% este ano, face ao mesmo período do ano passado, com 72.953 focos registados até 19 de agosto, sendo a Amazónia a região mais afetada.

- A 27 de agosto, as autoridades do Brasil anunciaram que a situação estava "sob controlo", após a mobilização de mais de 2.500 militares e das chuvas registadas em várias regiões afetadas.

- Os resultados do Censo Demográfico 2010 apontam para uma população de 25,47 milhões de habitantes nos estados da Amazónia Legal (conceito criado em 1966), o que inclui toda a população do Maranhão e não apenas a parte que reside na Amazónia.

- Estados que compõem a Amazónia Legal e respetiva população:

Rondónia 1.562.409

Acre 733.559

Amazonas 3.483.985

Roraima 450.479

Pará 7.581.051

Amapá 669.526

Tocantins 1.383.445

Mato Grosso 3.035.122

Maranhão 6.574.789

- A Fundação Nacional do Índio (FUNAI) tem 107 registos da presença de tribos isoladas na Amazónia Legal, número que admite estar sujeito a variação, em função da evolução do trabalho que desenvolve. São considerados isolados os grupos indígenas que não estabeleceram contacto permanente com a restante população, diferenciando-se dos povos indígenas que mantêm contacto com os não índios.

 

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