Segundo um estudo realizado pelo grupo de reflexão em política externa Concelho europeu para as relações externas (ECFR, na sigla inglesa) em 14 Estados-membros considerados representativos da UE, a maioria dos inquiridos - 60 mil eleitores - defende a neutralidade do bloco em caso de um conflito entre os Estados Unidos e a Rússia ou entre os Estados Unidos e a China.
Questionados sobre questões de comércio, os eleitores dos Estados-membros em que decorreu o inquérito - à exceção da França e da Roménia - consideraram que os governos nacionais estão mais bem habilitados do que quaisquer outras autoridades para defender o país em negociações comerciais.
Os inquiridos duvidam da capacidade da UE de proteger os seus interesses económicos no caso de conflitos comerciais: segundo o inquérito, menos de 20 por cento dos eleitores em cada Estado-membro respondeu que o interesse nacional está bem protegido face a práticas agressivas de concorrência da China.
O inquérito, que revela ainda a desconfiança da esmagadora maioria dos europeus face aos Estados Unidos, foi realizado em 14 países cuja dimensão é representativa da média da UE: Alemanha, Áustria, Dinamarca, Eslováquia, Espanha, França, Grécia, Holanda, Hungria, Itália, Polónia, Roménia, República Checa e Suécia.