O piloto foi detido no dia 12 de setembro, em Cantão, capital da província de Guangdong, quando embarcava num voo para Hong Kong, detalhou o porta-voz do ministério chinês dos Negócios Estrangeiros Geng Shuang.
Geng afirmou que os inspetores da alfândega encontraram na sua bagagem uma caixa com 681 balas para pistola pneumática.
O piloto foi interrogado e libertado sob fiança "por suspeita de tráfico de armas e munições" e "está a ser investigado", segundo o porta-voz.
A imprensa norte-americana identificou o piloto como Todd A. Hohn.
Em comunicado, um porta-voz da FedEx afirmou que a empresa está a trabalhar com as autoridades para apurar os fatos.
Em julho passado, a empresa foi acusada na China de ter violado a lei chinesa, por ter alegadamente desviado encomendas do grupo chinês de telecomunicações Huawei.
Segundo a imprensa chinesa, mais de 100 pacotes enviados pela Huawei, a partir do Japão, com destino a diferentes cidades na China, acabaram nos EUA.
As disputas com a FedEx surgem num contexto de guerra comercial entre Pequim e Washington, que atingiu já outras empresas e indivíduos.
Em dezembro passado, a diretora financeira da Huawei, Meng Wanzhou, foi detida no Canadá a pedido dos EUA.
Entretanto, a China deteve dois cidadãos canadianos - Michael Kovrig, ex-diplomata que trabalhava para a unidade de investigação International Crisis Group, e Michael Spavor, que organizava viagens à Coreia do Norte - por constituírem uma "ameaça à segurança nacional".