O Prémio Nobel da Química deste ano foi atribuído a John B. Goodenough, a M. Stanley Whittingham e a Akira Yoshino pelo seu trabalho no desenvolvimento de baterias de iões de lítio, revelou a Academia Sueca na manhã desta quinta-feira.
O comité justificou a sua escolha pela forma como as baterias de iões de lítio "revolucionaram as nossas vidas e são usadas em tudo, desde telemóveis a portáteis e veículos elétricos".
"Através do seu trabalho, os laureados da Química deste ano criaram as bases para uma sociedade livre de combustíveis fósseis e sem fios", pode ler-se num dos tweets do comité do Nobel.
The 2019 #NobelPrize in Chemistry has been awarded to John B. Goodenough, M. Stanley Whittingham and Akira Yoshino “for the development of lithium-ion batteries.” pic.twitter.com/LUKTeFhUbg
— The Nobel Prize (@NobelPrize) October 9, 2019
M. Stanley Wittingham, da universidade norte-americana de Binghamton, nasceu no Reino Unido em 1941, e na década de 1970, em plena crise do petróleo, "começou a investigar supercondutores e descobriu um material extremamente rico em energia, que usou para criar um cátodo inovador numa bateria de lítio".
O americano John B. Goodenough, nascido na Alemanha em 1922, é o mais velho laureado com o Nobel e "previu que o cátodo poderia ter ainda mais potencial se usado com um óxido de metal em vez de um sulfureto de metal", duplicando a voltagem das baterias de dois para quatro volts.
Quanto ao japonês Akira Yoshino, professor nas universidades de Osaka e Meijo, criou "a primeira bateria de iões de lítio comercialmente viável em 1985", uma bateria "leve e resistente que podia ser carregada centenas de vezes antes de se deteriorar".
No ano passado, o Prémio Nobel da Química foi entregue à norte-americana Frances H. Arnold, ao norte-americano George P. Smith e ao britânico Sir Gregory P. Winter. Foram distinguidos pelo desenvolvimento de "proteínas que resolvem os problemas químicos da humanidade".
Na segunda-feira foi anunciado o Nobel da Medicina, que premiou os norte-americanos William G. Kaelin e Gregg L. Semenza e o britânico Sir Peter J. Ratcliffe, pelas suas descobertas relativamente à forma como as "células pressentem e se adaptam ao oxigénio disponível".
Esta terça-feira foram laureados com o Nobel da Física o norte-americano James Peebles e os suíços Michel Mayor e Didier Queloz.
Peebles foi congratulado pelas suas "descobertas na teoria da cosmologia física". Mayor e Queloz foram distinguidos pela descoberta de "um exoplaneta em órbita de uma estrela do tipo solar".
Amanhã serão conhecidos os Nobel da Literatura de 2018 e de 2019. Sexta-feira é a vez de ser anunciada a distinção mais mediática: o Prémio Nobel da Paz.
O último Nobel a ser atribuído é o da Economia, algo que vai acontecer no dia 14.
[Notícia atualizada às 12h01]
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