Milhares de combatentes do EI detidos pelos curdos podem recuperar a liberdade. "É uma ameaça real para nós, para vós, para onde irão eles e como", declarou Vladimir Putin numa cimeira de países ex-soviéticos em Achkhabad, no Turquemenistão.
"Não estou seguro que o exército turco possa controlar a situação ou fazê-lo rapidamente", adiantou, segundo declarações transmitidas pela televisão estatal russa.
Segundo Putin, "os curdos abandonam os campos onde estão detidos os combatentes do EI" e estes "são capazes de fugir".
Milhares de cidadãos do Cáucaso russo e das ex-repúblicas soviéticas da Ásia Central juntaram-se a grupos 'jihadistas' no Iraque e na Síria.
A Rússia fez da sua eliminação um dos seus objetivos, disponibilizando a sua aviação para ajudar Bashar al-Assad em 2015.
"Onde é que eles irão? Através do território turco ou de outros territórios? (Ficarão) na Síria em territórios que ninguém controla e depois no Iraque ou noutros países da região?", questionou Putin, que prometeu "mobilizar os recursos dos serviços especiais para combater o surgimento desde nova ameaça".
A ofensiva turca na Síria tem como alvo zonas controladas pela principal milícia curda síria, as Unidades de Proteção Popular (YPG), considerada terrorista por Ancara e apoiada pelos ocidentais enquanto "ponta de lança" da luta contra os 'jihadistas' do EI.