Putin teme que operação turca provoque ressurgir do grupo Estado Islâmico

O presidente russo disse hoje temer que a operação do exército turco contra uma milícia curda no nordeste da Síria, iniciada na quarta-feira, provoque o ressurgimento do grupo extremista Estado Islâmico (EI) em toda a região.

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Lusa
11/10/2019 13:02 ‧ 11/10/2019 por Lusa

Mundo

Síria

Milhares de combatentes do EI detidos pelos curdos podem recuperar a liberdade. "É uma ameaça real para nós, para vós, para onde irão eles e como", declarou Vladimir Putin numa cimeira de países ex-soviéticos em Achkhabad, no Turquemenistão.

"Não estou seguro que o exército turco possa controlar a situação ou fazê-lo rapidamente", adiantou, segundo declarações transmitidas pela televisão estatal russa.

Segundo Putin, "os curdos abandonam os campos onde estão detidos os combatentes do EI" e estes "são capazes de fugir".

Milhares de cidadãos do Cáucaso russo e das ex-repúblicas soviéticas da Ásia Central juntaram-se a grupos 'jihadistas' no Iraque e na Síria.

A Rússia fez da sua eliminação um dos seus objetivos, disponibilizando a sua aviação para ajudar Bashar al-Assad em 2015.

"Onde é que eles irão? Através do território turco ou de outros territórios? (Ficarão) na Síria em territórios que ninguém controla e depois no Iraque ou noutros países da região?", questionou Putin, que prometeu "mobilizar os recursos dos serviços especiais para combater o surgimento desde nova ameaça".

A ofensiva turca na Síria tem como alvo zonas controladas pela principal milícia curda síria, as Unidades de Proteção Popular (YPG), considerada terrorista por Ancara e apoiada pelos ocidentais enquanto "ponta de lança" da luta contra os 'jihadistas' do EI.

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