"Estou profundamente preocupado com o estado de saúde de Williams Dávila, antigo deputado da Assembleia Nacional da Venezuela", escreveu no congressista republicano na sua conta na rede social X, antigo Twitter.
Na mesma rede social Mario Díaz-Balart sublinha que "Williams Dávila deve receber atenção médica" devido a afeções cardíacas "e sair ileso"
"É tempo de os direitos e liberdades fundamentais serem respeitados e de ativistas como Dávila serem livres de falar contra os muitos abusos da ditadura de Maduro sem medo de serem perseguidos", afirma.
Segundo Mario Díaz-Balart "a ditadura de [Nicolás] Maduro reprime impiedosamente toda a dissidência, inclusive através da prisão, da tortura e de assassínios arbitrários", apesar de "o povo venezuelano ter condenado categoricamente os múltiplos fracassos, a corrupção e a repressão brutal do regime de Maduro".
Williams Dávila, antigo governador de Mérida, de 73 anos, foi detido em 08 de agosto na Plaza los Palos Grandes (leste de Caracas) por homens armados, após uma vigília pelos presos políticos, em que participaram centenas de pessoas.
Durante a vigília, alegados agentes das forças de segurança fotografaram alguns dos participantes e jornalistas que faziam a cobertura.
Em 09 de agosto, o Governo português exigiu às autoridades venezuelanas "a libertação imediata e incondicional de Williams Dávila Barrios", com nacionalidade portuguesa.
Numa declaração na rede social X, o ministro dos Negócios Estrangeiros português afirmou que "Portugal insiste na libertação dos opositores políticos detidos, na garantia da liberdade de manifestação política e na transparência democrática, em contacto estreito com os Estados da região e com os parceiros da UE".
No texto, Paulo Rangel sublinhou que Dávila tinha sido detido "de modo arbitrário e com saúde precária".
Em 14 de agosto, os familiares do opositor e antigo governador do estado de Mérida Williams Dávila Barrios denunciaram, que tinha sido hospitalizado em estado grave.
Em 15 de agosto, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) pediu à Venezuela para adotar medidas que garantam a vida e a saúde de Dávila, renovando o estatuto de "situação de risco".
"A CIDH analisou a continuidade da situação de risco identificada em 2017. A informação apresentada refletiu a persistência de ameaças, vigilância, intimidação, assédio e ataques contra Williams Dávila num contexto de perseguição sistemática da oposição política no país", afirmou a organização em comunicado.
Em 18 de agosto de 2024 familiares de Williams Dávila, pediram ao Governo da Venezuela para não o transferir de um hospital local para uma cadeia, advertindo que estariam a condená-lo à morte.
Em 17 de outubro o filho, William Dávila Valeri, anunciou através das redes sociais que "o seu estado de saúde continuava a ser delicado e um confinamento prolongado no Helicoide [cárcere dos serviços de informação venezuelanos] pode agravá-lo".
Denunciou que o pai foi transferido desde um hospital para o cárcere de El Helicoide, sede do Serviço Bolivariano de Inteligência Nacional, apesar de continuar num estado de saúde delicado.
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