Ao fim de 20 dias ao cuidado de uma especialista, o pinguim-imperador que foi encontrado subnutrido numa praia australiana a 1 de novembro foi devolvido à natureza, anunciou o governo australiano, esta sexta-feira.
Gus, como foi apelidado pela cuidadora, foi libertado a partir de um navio ao largo da costa sul da Austrália Ocidental, na manhã de quarta-feira.
"Com o tempo mais quente no horizonte, era essencial devolvê-lo ao oceano onde pudesse termorregular-se", adiantou o Departamento de Biodiversidade, Conservação e Atrações, em comunicado.
A ave ganhou cerca de 3.5 quilos enquanto esteve ao cuidado de Carol Biddulph e do seu marido, Graham.
"Os cuidados, a atenção e os esforços de Carol e Graham Biddulph deram a esta ave antártica, encontrada a milhares de quilómetros de casa e num clima diferente, uma oportunidade de sobrevivência", salientou.
Tendo em conta o nível de subnutrição do animal, Biddulph começou por alimentá-lo com fluidos e, depois, com banha, até que este fosse capaz de comer peixe inteiro. Além disso, a falta de companheirismo foi compensada com um espelho.
"Boa sorte, Gus!", gritou Biddulph, depois de o pinguim ter mergulhado na água, de acordo com a NBC News.
Não se sabe como é que a ave chegou à Austrália. Contudo, é sabido que os pinguins-imperador percorrem até 1.600 quilómetros em viagens que duram até um mês.
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