Representantes da China e dos Estados Unidos iniciaram na quinta-feira, em Washington, a 13.ª ronda de negociações por um acordo que ponha fim à guerra comercial que dura há quinze meses e ameaça a economia mundial.
Hoje, na sua conta pessoal da rede social Twitter, Donald Trump disse que "coisas boas estão a acontecer nas negociações comerciais com a China", acrescentando que sente um "clima mais caloroso" que lhe faz lembrar "os bons velhos tempos".
"Todos gostaríamos de ver alguma coisa importante acontecer", conclui o Presidente norte-americano, que hoje se deve reunir com o vice-primeiro-ministro chinês, Liu He, no âmbito de mais uma tentativa de resolver o impasse.
Aliás, a novidade da 13.ª ronda negocial é a presença do Presidente Donald Trump, que inicialmente não estava prevista na comitiva norte-americana, que é liderada pelo representante do Comércio dos EUA, Robert Lighthizer, e o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin.
Do lado chinês, a comitiva é liderada pelo vice-primeiro-ministro e principal negociador para este acordo pelo lado de Pequim, Liu He, e inclui ainda o ministro do Comércio e o governador do banco central da China.
Pequim e Washington impuseram já taxas alfandegárias adicionais sobre centenas de milhares de milhões de dólares das exportações de cada um, numa disputa motivada pela política de Pequim para o setor tecnológico.
Em causa está o plano "Made in China 2025", que visa transformar as empresas estatais chinesas em potências tecnológicas, com capacidades em setores de alto valor agregado, como inteligência artificial, energia renovável, robótica e carros elétricos.
"Ambos os lados tentarão avançar nas negociações que já ocorreram entre funcionários de nível mais baixo nas últimas semanas. Os tópicos para discussão incluirão a transferência de tecnologia, direitos de proteção intelectual, serviços e barreiras não-tarifárias", disse a porta-voz da Casa Branca Stephanie Grisham, quinta-feira, num comunicado.
Até agora, o Governo chinês tem sido intransigente relativamente às exigências norte-americanas em vários destes tópicos e do lado norte-americano persistem resistências sobre as questões fundamentais de um acordo que Donald Trump diz não estar disponível para aceitar "a qualquer preço".