Protestos em Barcelona. Manifestante perdeu olho e outro perdeu testículo

Setenças impostas aos líderes independentistas causaram protestos em vários pontos da Catalunha. A polícia antidistúrbios carregou sobre um grupo que protestava no exterior do aeroporto de Barcelona.

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© REUTERS/Albert Gea

Anabela Sousa Dantas
15/10/2019 11:52 ‧ 15/10/2019 por Anabela Sousa Dantas

Mundo

Catalunha

Um manifestante que esta segunda-feira estava no aeroporto de El Prat, em Barcelona, para a ação de protesto contra a sentença aplicada aos líderes independentistas, perdeu um olho, estando ainda internado, em Hospitalet de Llobregat, onde será hoje operado por causa dos múltiplos ferimentos faciais, noticia o El Mundo.

A publicação espanhola explica que não se sabe se será em resultado das balas de borracha utilizadas pelos Mossos d'Esquadra, a polícia catalã, ou pela Polícia Nacional.

A organização destes protestos alega, ainda, que um outro homem perdeu 40% de massa testicular na sequência da carga policial no terminal 1 do aeroporto de El Prat, que aconteceu ao final da tarde de segunda-feira. Segundo um comunicado enviado à imprensa espanhola, o homem "vestia uma 'estelada' [bandeira independentista catalã] e calças de ganga".

Uma entidade local de defesa de direitos humanos, Iridia, atesta também, segundo o El Mundo, que pelo menos seis dos 131 feridos se devem ao impacto das balas de borracha.

O balanço dos protestos no aeroporto é de 131 manifestantes e 40 agentes de autoridade feridos, 110 voos cancelados e três detidos (incluindo um menor). Os acessos ao aeroporto, por metro e comboio, estiveram interrompidos durante horas.

As concentrações e ações de protesto na comunidade autónoma resultaram, esta segunda-feira, para além de cargas policiais e voos cancelados, em estradas cortadas, linhas férreas interrompidas, danos materiais, etc.

Recorde-se que estas concentrações iniciaram-se depois do Tribunal Supremo espanhol ter condenado os principais dirigentes políticos envolvidos na tentativa de independência da Catalunha a penas que vão até um máximo de 13 anos de prisão.

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